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Macedo e o atraso no pagamento do Pis: que feio, Dona Dilma!

Antônio Carlos Macedo critica a presidente por fazer o contrário do prometido na campanha eleitoral

04/07/2015 - 12h04min

Atualizada em: 04/07/2015 - 12h04min


Dona Dilma passou a campanha eleitoral inteira jurando de pés juntos que não faria nada que prejudicasse o trabalhador. Mais do que isso, disse que seus adversários é que fariam isso. Eleição garantida, a presidente parece ter sido acometida de uma grave crise de amnésia, pois passou a fazer exatamente o que prometeu não fazer.

A última ação envolve o pagamento do abono salarial aos cadastrados no Pis. Seguindo orientação do Ministério da Fazenda, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador decidiu que 50% dos benefícios previstos para este ano só serão efetuados em 2016. Pelo novo calendário definido, a primeira parte será paga de julho
a dezembro de 2015. O restante será liberado entre janeiro e março próximos.

Governo altera pagamento do PIS para metade dos beneficiários. Confira o calendário completo 

A mudança faz parte do ajuste fiscal. Com ela, o governo pretende economizar mais de R$ 9 bilhões no corrente exercício. Economia às custas do bolso do trabalhador. Tudo com a concordância da presidente, aquela que jurou que não faria o que está fazendo. Não que o ajuste fiscal, por si só, não seja necessário. Pode ser amargo, mas é um remédio necessário para equilibrar as contas públicas.

Remédio necessário

O problema não é esse. O que irrita são as inverdades ditas por Dilma para ganhar a eleição. Mesmo sabendo que, devido aos gastos excessivos patrocinados pelo seu governo, as medidas de arrocho seriam necessárias, ela passou a campanha inteira dizendo que a economia estava sob controle. E que os adversários mentiam quando ao afirmar o contrário, numa estratégia para desestabilizar o governo e vencer o pleito.

Agora, quase um ano depois da campanha, dá pra ver com absoluta clareza quem faltou com a verdade. Com certeza, não foi a oposição. Quem enrolou os eleitores com promessas infundadas ocupa o Palácio do Planalto. Que feio, Dona Dilma!

Se campanha eleitoral fosse relação de consumo, a senhora estaria às voltas com o Procon por propaganda enganosa. Como não é e seu mandato vai até 2018, só nos resta torcer para que seu governo acerte o passo e  recoloque o Brasil no rumo do crescimento.

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KENA BETANCUR / AFP

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