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Ainda em alerta

Sobe para 55 o número de cidades afetadas pela chuva

Campo Bom, no Vale do Sinos, tem a segunda maior enchente da sua história

17/07/2015 - 21h21min

Atualizada em: 17/07/2015 - 21h21min


Jéssica Rebeca Weber
Jéssica Rebeca Weber
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Moradores do bairro Barrinha, em Campo Bom, sofrem com a enchente

Campo Bom vive a segunda maior enchente da sua história, de acordo com a defesa civil local. O nível do Rio dos Sinos registrava 7m70cm na tarde desta sexta - mais de 3,5 metros acima do nível normal. Com a cheia, cerca de 100 famílias já precisaram deixar suas casas e algumas tiveram de ser abrigadas em um ginásio. Foram atingidos os bairros de Barrinha, Porto Blos, Vila Rica e parte do Operária.

- Em poucas casas não entrou água - lamenta o empresário Sadi Santos, 60 anos, que buscava ajudar transportando os vizinhos de Barrinha com sua retroescavadeira.

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O Vale do Sinos alarma a Defesa Civil do Estado. Enquanto a situação dos rios Uruguai e o Caí se estabiliza, segundo o chefe do órgão no Estado, Alexandre Martins, o Rio dos Sinos cresce cerca de quatro centímetros por hora. Em todo Rio Grande do Sul, já são 55 cidades afetadas pelas chuvas. O total de pessoas atingidas chegou a 7.245, mas baixou o número de desabrigados: de 888 contabilizadas na quinta, há 820 nesta sexta.

Confira relato de morador de Campo Bom:



Pelo menos 10 prefeituras estão encaminhando pedido de situação de emergência: Riozinho, Barra do Guarita, Cachoeirinha, Esperança do Sul, São Jerônimo, Iraí, São Sebastião do Caí, Alvorada, Pinheirinho do Vale e Cerro Grande. Rolante e Esteio já fizeram o decreto, e a cidade da Região Metropolitana está para receber os kits de colchões e roupa de cama e produtos de higiene prometidos pelo Ministério de Integração Nacional, afirma Martins.

Em Gravataí, o nível do rio estava em 5 metros, quando o normal é de 2m68cm. A Defesa Civil do município diz que esse é o ponto limite para o rio começar a transbordar. Na zona leste da cidade, os moradores que tiveram de ser retirados de casa por causa da enchente já retornaram às suas residências. A preocupação se mantia na zona sul, primeiro ponto a alagar se a chuva persistir. Em Cachoeirinha, cerca de 40 moradores do bairro Olaria, incluindo 20 crianças, permaneciam desabrigadas. A Defesa Civil estima que o nível do Gravataí ainda precisa baixar mais de 2 metros para que as famílias voltem as suas casas.

O rio Caí vem baixando em São Sebastião do Caí, o, registrando 10m30cm. Algumas famílias já retornam para casa. Em Montenegro, o rio também diminui o volume, marcando 5m22cm.

Em Porto Alegre, nenhuma família precisou ser desalojada, mas a região das ilhas é monitorada. Na madrugada desta sexta, o nível do Guaíba chegou a 2m10cm, exigindo cuidado, mas baixou para 1m92cm à tarde. Na Ilha do Pavão, ainda havia água nas ruas e no pátio das casas. As chuvas deram uma trégua na região central: de acordo com a defesa civil da Capital, foram registrados 16,9 mm nesta sexta, pouco em comparação aos 105 milímetros registrados na segunda-feira.

Por causa de água sobre a pista, ainda foram bloqueados trechos da BR-116, entre Camaquã e São Lourenço do Sul. A ponte sobre o Arroio Viúva Teresa também chegou a ser bloqueada. Os pontos foram liberados no final da tarde. Com a chuva, buracos se abriram na BR-290, entre Eldorado e Cachoeira do Sul.

Alerta de cheia para Itaqui no final de semana

Em São Borja, o nível do Rio Uruguai seguia aumentando nesta sexta-feira, mas em menor velocidade, registrando 12m50cm ao meio-dia. Vinte famílias estavam abrigadas em ginásio, centros comunitários e escolas, e aproximadamente 100 foram para casa de parentes e amigos, e algumas eram removidas perto do Cais do Porto.

A defesa civil local acredita que o nível máximo seja atingido na madrugada deste sábado. Por causa disso, Itaqui, distante quase 100 quilômetros, prevê que haverá cheia no domingo, podendo atingir os bairros de Ponte Seca, Centro, Cerrinho Dois Umbus, Várzea, Ênio Sayag e 24 de Maio, que representam 20% da área da cidade. A defesa civil monitora a situação, atenta à necessidade de remover as famílias do local.

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