Porto Alegre



Polêmica em Porto Alegre

Vereadores adiam decisão sobre projetos que proíbem homenagens a ditadores e opositores

Ainda que maioria tenha se pronunciado a favor do arquivamento, votação não foi unânime e será novamente realizada

07/07/2015 - 12h02min

Atualizada em: 07/07/2015 - 12h02min




* Zero Hora 

André Mags / Agencia RBS
Sessão foi realizada pela Comissão de Constituição e Justiça

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Porto Alegre discutiu, na manhã desta terça-feira, dois projetos antagônicos: um que proíbe homenagens a personagens da ditatura em ruas e instituição da Capital e, outro, que pretende barrar homenagens aqueles considerados subversivos em relação ao regime.

Um dos questionamentos feitos por representantes de sindicatos da Construção Civil, que estavam presentes da sessão da comissão, é de que as alterações teriam um custo muito elevado. Por isso, eles defenderam o arquivamento dos projetos.

- O reflexo econômico é muito pesado. Não sabemos exatamente o valor, mas é alto - avaliou o presidente do Sindicato da Habitação do Estado (Secovi-RS), Moacyr Schukster.

A sessão da CCJ prosseguiu mais focada na questão dos custos do que na parte ideológica. Porém, devido à ausência do vereador Carlos Comassetto (PT), que presidia outra comissão no mesmo horário, os poucos pronunciamentos mais ideológicos foram críticos à proibição de homenagens a ditadores.

A vereadora Mônica Leal (PP), autora do projeto que impede homenagens a revolucionários, afirmou que a sua iniciativa surgiu em contraponto a Comassetto. Ela acenou que aceitaria o arquivamento de ambos pela CCJ.

Conheça os projetos:
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A maioria dos vereadores participantes da comissão se pronunciou também a favor do arquivamento, possível somente com votação unânime nesse sentido. Rodrigo Maroni (PCdoB) foi voz contrária por entender que somente sete vereadores (os que votam na CCJ) não poderia decidir pelos demais.

Portanto, a votação final não foi unânime - foram quatro votos pelo arquivamento, e dois contrários, com a ausência de um dos integrantes da comissão. Assim, os projetos serão novamente discutidos na CCJ, em data ainda não confirmada.

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