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Greve no RS

Como os serviços públicos devem ser afetados nessa quarta-feira no Estado

Setor por setor, confira qual será o reflexo da paralisação do funcionalismo gaúcho, que ocorre até sexta-feira

18/08/2015 - 21h20min

Atualizada em: 18/08/2015 - 21h20min


Carlos Ismael Moreira
Carlos Ismael Moreira
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Carlos Macedo / Agencia RBS

A greve de servidores públicos estaduais, aprovada em assembleia conjunta que reuniu diversas categorias do funcionalismo na Capital, inicia nessa quarta-feira. A paralisação, que acontece até sexta-feira, é uma resposta dos sindicatos às recentes medidas adotadas pelo governo de José Ivo Sartori para superar a crise financeira do Estado. Confira como cada setor será afetado.

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SEGURANÇA PÚBLICA
Presidente da associação que representa os servidores de nível médio da Brigada Militar, Leonel Lucas informou que será deflagrada a "Operação Dignidade". Ela consiste em retirar de circulação as viaturas e equipamentos que estão em situação de ilegalidade ou precariedade. O policiamento na rua, contudo, será mantido. A hipótese de aquartelamento, diz Lucas, somente será adotada se o governo fizer novo parcelamento de salários. Os bombeiros deverão participar da operação, interditando prédios públicos que não estiverem com o alvará de funcionamento em dia.

Presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), Isaac Ortiz informa que somente 30% dos serviços serão mantidos nas delegacias. Somente os casos graves serão atendidos pela Polícia Civil. Já os delegados declararam solidariedade aos servidores, mas decidiram manter as suas atividades normalmente, sem aderir à greve.

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EDUCAÇÃO
Presidente do Cpers, Helenir Schürer diz que a orientação do sindicato é para que as escolas sejam fechadas. Professores aprovaram mobilizações da categoria nas coordenadorias regionais de educação (CREs) e em Câmaras de Vereadores. Helenir orienta que os pais não levem os filhos às escolas.

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TÉCNICOS CIENTÍFICOS
Segundo o presidente do Sindicato dos Técnicos-Científicos do RS, Joanes Machado da Rosa, será mantido 30% de atendimento no Hemocentro, Sanatório Partenon e Hospital São Pedro. Nos hospitais, as perícias que já estavam agendadas devem ser cumpridas. A greve deve ser completa em setores como a fiscalização agropecuária e inspeção de produtos de origem animal.


BANCOS
Embora tenha apoiado as manifestação de ontem, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) informa que não estão previstas paralisações para hoje e as agências devem funcionar normalmente. De acordo com o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, a categoria vai avaliar a mobilização na Brigada Militar e na Polícia Civil. Caso haja redução no policiamento, o sindicato deve entrar com pedido de liminar à Justiça solicitando autorização para fechar as agências por falta de segurança, assim como ocorreu no início do mês após o anúncio do parcelamento de salários.

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ÔNIBUS
Assim como entre os bancários, os rodoviários da Capital não têm nenhuma previsão de paralisar os serviços, e os ônibus devem circular normalmente em Porto Alegre. De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Rodoviários, Sérgio Vieira, a direção da entidade estará atenta nas garagens das empresas e vai monitorar a situação da segurança, em especial no pontos mais críticos em que costumam ocorrer ataques aos coletivos. Caso haja redução no policiamento e a categoria avalie possível risco aos trabalhadores, poderão ser tomadas medidas isoladas, que não foram detalhadas pela entidade.

A Carris, que tem movimentos dissidentes do Sindicato dos Rodoviários, vai se reunir na tarde de quarta-feira, em algum local do centro de Porto Alegre, para decidir se adere ao movimento grevista do funcionalismo estadual. No dia 3 de agosto, eles alegaram que o aquartelamento dos policiais militares era uma ameaça à segurança das linhas e, por isso, os ônibus ficaram parados. O Ministério Público do Trabalho (MPT) negou o pedido de instalação de inquérito civil solicitado pelos funcionários demitidos por justa causa da Carris por participarem do ato. No despacho da decisão, o MPT classificou a paralisação daquele dia como "ilegal e criminosa".

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SAÚDE
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do RS (Sindisepe), Cláudio Augustin, as instituições estaduais de saúde praticamente não fazem prestação de serviço direto à população, porque a maioria dos estabelecimentos é municipalizado. Conforme o dirigente, no Hospital Sanatório Partenon, no Hospital Psiquiátrico São Pedro e no Hospital Colônia Itapuã, os pacientes internados terão atendimento com redução de pessoal, mas serão mantidos os serviços essenciais.

No Ambulatório de Dermatologia Sanitária, um comando de greve deve avaliar caso a caso para atender apenas as situações em que exista risco de vida. Segundo o presidente, em todos os locais de trabalho, como as coordenadorias de saúde e o Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs), a orientação para a categoria é garantir todos os serviços que sejam essenciais à vida.

Veja as fotos da assembleia que definiu a greve:


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