Porto Alegre



Porto Alegre

Morre o segundo gari atropelado na Avenida Ipiranga

Luiz Eduardo Munhoz estava internado na UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS) com traumatismo craniano e hemorragia

27/08/2015 - 23h07min

Atualizada em: 27/08/2015 - 23h07min


Reprodução / Lauro Melo Paredi

Morreu na noite desta quinta-feira o gari Luiz Eduardo Munhoz, de 35 anos, atropelado quarta-feira na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre. Munhoz estava internado na UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS) com traumatismo craniano e hemorragia desde o acidente ocorrido nas imediações da CEEE, no sentido Centro-bairro.

- A gente quer justiça. O motorista não pode ficar impune - disse a sobrinha Joana Raquel Munhoz Rodrigues, de 29 anos.

Pai de cinco filhos, Munhoz é a segunda vítima fatal do acidente. Tiago dos Santos, 30 anos, também foi atropelado e morreu durante a tarde de quarta-feira no Hospital Cristo Redentor. Eles foram atingidos pelo Fiat Uno desgovernado dirigido por Amâncio Antunes Filho, 66 anos, enquanto trabalhavam. O motorista chegou a fazer o teste de etilômetro, mas não foram constatados índices de embriaguez. Ele alegou ter sofrido um mal súbito. Irritado, um grupo de garis que estava próximo empurrou o carro para dentro do Arroio Dilúvio.



Investigação

O titular da Delegacia de Homicídios de Trânsito, o delegado Carlo Butarelli trabalha com todas as hipóteses para o atropelamento, menos embriaguez. Isso porque o aposentado fez teste de etilômetro e não foi constatado qualquer índice de ingestão de álcool. Nesta quinta-feira, a Polícia Civil fez diligências no local do acidente em busca de imagens de câmeras de monitoramento, mas nenhum equipamento registrou o atropelamento.

VÍDEO: "Tive um mal súbito e apaguei", diz homem que atropelou garis
"Todo mundo da região se revoltou", diz gari que viu colegas serem atropelados

- Os equipamentos das empresas não estão voltados para a rua, mas sabemos que o motorista não ingeriu bebidas alcoólicas - disse o delegado, que trabalha com a hipótese de mal súbito.

Entre a sexta e a segunda-feira, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e populares que prestaram os primeiros socorros serão intimados para prestar depoimento.

- Já identificamos essas pessoas, e os depoimentos delas poderão nos ajudar a esclarecer se o motorista passou mal ou não - explica.



* Zero Hora


MAIS SOBRE

Últimas Notícias