Solidariedade em Porto Alegre
Ong da Restinga que cuida de crianças especiais precisa de ajuda
Entidade sem fins lucrativos da Restinga quer qualificar atendimento à comunidade. Brechó neste sábado vai arrecadar fundos para isso.
A Associação de Mães Rita Yasmin (Amry), que auxilia crianças especiais e suas famílias na Restinga, no Extremo Sul da Capital, quer qualificar o atendimento à comunidade. Desde 2005, a entidade trabalha sem fins lucrativos e sobrevive do dinheiro arrecadado com brechós, doações e projetos em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e ao Adolescente, vinculado à prefeitura de Porto Alegre.
Nos últimos dois anos, a idealizadora da Amry, Antonia Batista Pinheiro, notou uma crescente procura pelo atendimento no local, que funciona três dias por semana.
- Nossa vontade é receber as crianças todos os dias - comenta a presidente e fundadora da entidade.
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Atualmente, a Amry atende 25 crianças de seis a 15 anos de idade com deficiência intelectual leve, mas possui uma fila de espera.
- As famílias vêm aqui procurando um atendimento extra, uma ajuda para desenvolver as crianças. Queremos qualificar esse trabalho, ter mais profissionais treinados - comenta Antonia.
Voluntárias
O atendimento é feito às segundas, quartas e sextas-feiras. No quadro de funcionários, apenas duas profissionais são remuneradas: a pedagoga e a auxiliar administrativa. A assistente social, a educadora social, a terapeuta floral e a fisioterapeuta são voluntárias.
Para a educadora Gabriela Machado da Silva, o maior retorno é acompanhar o desenvolvimento das crianças:
- Procuramos dar um olhar diferenciado para elas.
Desenvolvimento
Um dos alunos da Associação é Willian Baum Marcos, 14 anos. Segundo Antonia, ele teve uma grande evolução desde que entrou na entidade, há quatro meses:
- Ele se sente confortável, e o quadro de autismo melhorou. Desenvolvemos brincadeiras que fazem as crianças se descobrirem.
Associação planeja parcerias com instituições
Segundo a presidente da Amry, há duas parcerias com a prefeitura em vista, mas ainda nenhuma acordada. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) já visitaram o local.
Ela destaca que a associação já está com todos os documentos em dia e aguarda o retorno para regulamentar e concretizar o convênio. Tanto a Smed quanto a Fasc afirmam que o convênio só pode ser firmado se for uma demanda do Orçamento Participativo e que o processo ainda não chegou às instituições.
Sábado é dia de brechó
A Amry organiza neste sábado um brechó com roupas doadas pela população e por uma empresa de malhas. O evento ocorre das 10h às 15h, na sede da associação (Rua Doutor Carlos Niederauer Hofmeister, 952), no Bairro Restinga.