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Último lixão da Região Metropolitana, em Viamão, terá fim neste domingo

Prefeitura confirma o fechamento do último depósito de lixo a céu aberto da Região Metropolitana.

21/08/2015 - 07h02min

Atualizada em: 21/08/2015 - 07h02min


Aline Custódio / Agência RBS

O último lixão ativo da Região Metropolitana será encerrado neste  domingo e transformado num aterro sanitário. Esta é a promessa da prefeitura de Viamão, depois de 21 anos usando sem controle cinco hectares em Passo do Morrinho, na Zona Rural da cidade.
 
Até o dia 20 de setembro, a montanha de lixo orgânico com mais de 10m de altura será coberta com argila, finalizando o espaço hoje ocupado por sacos de detritos, ratos e urubus.
 
- Atrasamos o cronograma (a previsão era fechar o local em 31 de julho) por conta das chuvas. Estamos finalizando a canalização para captação do chorume e já concluímos a abertura de quatro lagoas para tratamento do mesmo - afirma o prefeito Valdir Bonatto.

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Até agora, a prefeitura de Viamão gastou cerca de R$ 6,5 milhões para recuperação do espaço degradado e adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde o ano passado. A expectativa é de que a operação e o monitoramento do chorume e do biogás do aterro durará até 2025.

A partir da próxima segunda-feira, iniciam-se os trabalhos no galpão de reciclagem instalado na entrada do aterro, que funcionará como transbordo do lixo da cidade. No local, o material reciclável será selecionado, e os rejeitos, encaminhados para um aterro em São Leopoldo.

Arroio Feijó agoniza em meio à poluição

Pelos próximos 12 meses será necessário utilizar a área particular em São Leopoldo. Este é o período calculado para a liberação do novo terreno em Viamão que receberá o lixo da cidade. A área do aterro sanitário fica em Águas Claras e já foi aprovada pela Fepam.
 
Mau cheiro

Até setembro, moradores vizinhos ao terreno terão que aguardar pelo fim da montanha de lixo, avistada a quilômetros. É dela que vem o mau cheiro que se espalha na região.

Ipês em flor podem esconder desequilíbrio ambiental

- À noite, quando as máquinas movimentam o lixo, é pior. Só acredito no fim dele quando estiver enterrado - afirmou um morador, que não quis ser identificado.

As diferenças no descarte

- Lixão: depósito irregular de resíduos a céu aberto. Não há preparação do solo, que se torna vulnerável à poluição. Nestes locais, o chorume (líquido que escorre do lixo) penetra na terra, contaminando o solo e o lençol freático. O gás metano, produzido na decomposição, é liberado. Atrai animais que transmitem doenças.
- Aterro controlado: recebe cobertura de argila e grama e faz a captação do gás e do chorume. Parte do chorume é recolhido. O lixo é coberto.
- Aterro sanitário: forma mais adequada. A área onde o lixo é depositado é impermeabilizada com manta que impede contato com o solo. O chorume é drenado e não há proliferação de pragas.


 


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