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Na estrada

Vovó aventureira encara 500km de asfalto em triciclo

Aposentada encarou o desafio de quase 500km de estrada no banco de trás de um triciclo. Ela viajou de Santa Catarina até o Paraná

19/08/2015 - 10h21min

Atualizada em: 19/08/2015 - 10h21min


Rosângela Monteiro
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Arquivo pessoal / Arquivo Pessoal
Próximo destino já está marcado: Rio Grande do Sul

Já que não há limite de idade para começar a curtir a emoção de viajar com o vento batendo no rosto, Relinde Thrun resolveu investir na experiência _ inédita nos seus 83 anos de idade. Num almoço de domingo, no início deste mês, comentou com a família que faria uma viagem de ônibus de Ipira, cidade no meio oeste catarinense, onde mora, até Céu Azul, no Oeste do Paraná, onde vivem outros parentes. Mas foi só o neto Nilton Elias Ostjen, 39 anos, oferecer carona no seu triciclo que ela prontamente aceitou o convite para a aventura de 487km.

- A família até pensou que ela ia desistir depois, mas quando o Nilton ligou outro dia para confirmar se ela ia, a vó disse que já estava pronta. Até pediu uma bota emprestada para mim - conta a neta Rosane Ostjen, 44 anos.

No dia marcado para a viagem, a quinta-feira da semana passada, Renilde estava toda arrumada para a viagem: com a bota de Rosane e a jaqueta de couro, as luvas e o capacete que o neto deu. A mulher de Nilton, Anete Wezner de Souza, 42 anos, completou o trio que encarou a aventura. Eles partiram às 8h40min de Ipira e chegaram ao destino às 17h40min do mesmo dia.

 
Nilton, Anete e Renilde: trio encarou a estrada sem medo - Foto: Arquivo Pessoal

Mas será que Relinde, agricultora aposentada, vai querer aprender a pilotar para sair por aí sozinha?

- Acho que vou ficar só na carona porque é muito difícil aprender. Mas tô feliz da vida só de andar na carona. Foi uma grande coisa viajar 500km - valoriza a senhorinha.

Por aí...

A viagem de volta para casa não será tão aventureira. Renilde, que já está em Foz do Iguaçu, no Paraná, visitando a irmã Ivone, voltará para Ipira de ônibus. É que o neto teve que ir para casa mais cedo.

O próximo destino da vovó aventureira é bem conhecido. E, se Nilton puder, vai ser de novo no banco de trás do triciclo.

- Quero ir de triciclo para o Rio Grande do Sul. Eu já conheço um pouquinho o Estado, mas quero ver Porto Alegre! Vou pedir para o meu neto me levar.

- Ela põe a gente no chinelo. Enquanto estamos reclamando de dor, ela nunca tem dor e está sempre viajando por aí. Já foi para Aparecida (no Interior de São Paulo) e também viaja para diversas cidades com a turma do coral de Ipira. Ela é bem descolada - diz a neta Rosane, cheia de orgulho da vozinha.

Vá, mas vá com cuidado!

Vá com calma. Este é o recado do geriatra Eduardo Garcia, da Santa Casa de Porto Alegre, para os vovôs aventureiros. O especialista salienta a importância de continuar se testando na terceira idade, mas com moderação.

- Na terceira idade, é importante continuar aprendendo, para estimular o cérebro e a musculatura, com atividades corretas e orientadas. Vamos superar os limites, mas não vamos cair e quebrar. Antes de fazer uma nova atividade, como andar de moto pela primeira vez, aconselhe-se com seu médico!


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