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Taxa básica de juros

Após 7 altas seguidas, Copom mantém juros em 14,25% ao ano

Decisão foi anunciada nesta quarta-feira após a reunião do comitê do Banco Central

02/09/2015 - 20h35min

Atualizada em: 02/09/2015 - 20h35min


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve o atual patamar da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano. A decisão foi anunciada  nesta quarta-feira após a reunião do comitê, formado por diretores e presidente da instituição.

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A Selic passou por um ciclo de sete altas seguidas. Na última reunião, em julho, o Copom aumentou a taxa básica em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Com esse reajuste, a Selic retomou o nível de outubro de 2006.

A taxa é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o comitê reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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Ao manter a Selic no mesmo patamar, a sinalização é de que as elevações anteriores foram suficientes para provocar os efeitos esperados na economia. A diretoria do BC tem dito que os efeitos de alta da taxa básica se acumulam e levam tempo para aparecer.

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O BC tem de perseguir a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%, com limite superior em 6,5%. A projeção do mercado financeiro sinaliza que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está muito acima do teto da meta, em 9,28%. No próximo ano, a expectativa é inflação menor (5,51%), mas ainda acima do centro da meta.

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A instituição tem prometido entregar a inflação na meta somente em 2016. Quando a meta é ultrapassada, o presidente do BC tem de enviar carta aberta ao ministro da Fazenda, com as explicações para o descumprimento. A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando a inflação atingiu 9,3%. Naquele ano, a meta era 4%, com intervalo de tolerância de 2,5%. Mas o BC propôs uma meta ajustada de 8,5%, que também foi ultrapassada.

No primeiro dia das reuniões do Copom, os chefes de departamento apresentam dados sobre a inflação, o nível de atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o câmbio, as reservas internacionais, o mercado monetário, entre outros assuntos.

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No segundo dia, participam da reunião os diretores e o presidente do BC. O chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas também participa, mas sem direito a voto. Após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para definir a Selic, os diretores e o presidente definem a taxa. Assim que a Selic é definida, o resultado é divulgado à imprensa. Na quinta-feira da semana seguinte, o BC divulga a ata da reunião, com as explicações sobre a decisão.

* Agência Brasil


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