Economia
Inflação desacelera em agosto, mas segue acima do teto da meta
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou 0,22% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo do 0,62% registrado em julho
Mesmo com sinais de arrefecimento, a inflação ainda é motivo de preocupação aos brasileiros em agosto. Divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou 0,22% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo do 0,62% registrado em julho. A inflação nos últimos 12 meses, porém, ficou em 9,53%, bem acima do teto da meta, de 6,5%.
Índice "oficial" da inflação, usado pelo Banco Central para medir suas metas, IPCA foi o menor para os meses de agosto desde 2010, quando registrou 0,04%. Já em relação ao acumulado de janeiro a agosto, foi a taxa mais elevada desde 2003 (7,22%).
De julho para agosto, vários itens ficaram mais baratos, com destaque para as passagens aéreas, que apresentaram queda de 24,9%. A energia elétrica (-0,42%) também se mostrou em queda, o que não ocorria desde março de 2014, quando ficou em -0,87%.
Por outro lado, subiram as taxas de água e esgoto (1,07%), mão de obra pequenos reparos (0,84%), condomínio (0,71%), artigos de limpeza (0,49%) e aluguel residencial (0,40%).
Entre os alimentos e bebidas, a maioria passou a custar menos de julho para agosto. Os destaques foram a queda de preço da batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%), que teve a maior alta de preços no acumulado dos últimos 12 meses: 139,86%.
Porto Alegre recua, mas é segunda mais inflacionada no acumulado dos últimos 12 meses
Entre as capitais, Porto Alegre ficou entre as cinco capitais com maior queda no IPCA de julho para agosto. O índice recuou 0,28%, atrás de Curitiba, Salvador, Belém e Fortaleza. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, a situação da Capital é das piores: é a segunda mais inflacionada do país, com 10,34%. O número está acima do índice nacional, de 9,53%, e bastante acima do teto da meta, de 6,5%.
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 27 de agosto de 2015 ,com os preços vigentes no período de 30 de junho a 29 de julho de 2015.