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Palácio da Polícia

Policiais civis bloqueiam trânsito na Avenida Ipiranga

Servidores pediram apoio à população para que os apoiem na mobilização contra parcelamento de salários

02/09/2015 - 12h08min

Atualizada em: 02/09/2015 - 12h08min


Mauricio Tonetto / Agência RBS
Trânsito na Avenida Ipiranga foi trancado diversas vezes

Responsáveis pela segurança da população de Porto Alegre, ao lado da Brigada Militar, policiais civis apelaram à população para que os apoiem na mobilização contra o parcelamento de salários, medida adotada novamente pelo governo Sartori. Caso contrário, segundo eles, a sensação de insegurança pode se intensificar nos próximos dias. Os policiais trancaram a Avenida Ipiranga diversas vezes na manhã desta quarta-feira para distribuir panfletos, principalmente dentro de ônibus.

- A segurança não está sendo priorizada. Nós, que pegamos ônibus todos os dias, sabemos que precisamos estar seguros. Necessitamos de policiais civis valorizados. Por isso, estamos aqui para denunciar e pedir o apoio de vocês. Sem isso, não tem como - disse uma policial dentro de um coletivo da linha T5, por volta das 11h. Ela foi aplaudida pelos passageiros.

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O motorista do mesmo ônibus, porém, era contra o bloqueio de avenidas e ruas em protesto. Ele disse entender a crise, mas acha que é preciso trabalhar para vencer a delicada situação financeira do Rio Grande do Sul.

- Quando o motorista e o cobrador param, são considerados vagabundos. Por que quando a polícia para ninguém xinga? Se o Estado está num momento de dificuldade, eles (policiais) têm de ajudar e não fazer tranqueira - falou o motorista, que pediu para não ter o nome publicado.

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O ato, que ocorreu em frente ao Palácio da Polícia, reuniu cerca de cem servidores. Além de policiais, estavam presentes funcionários do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e de escolas estaduais. Apesar de enfrentar congestionamento, boa parte dos motoristas demonstrou solidariedade ao protesto.

- Eles têm que fazer isso aí mesmo, é um direito deles. É uma vergonha o que está ocorrendo. Na hora de pedir polícia tem, e na hora de pagar o dinheiro? Sou a favor da manifestação - comentou o autônomo Jonathan Pereira.

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