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Sem trégua

Mortes, ventos de 134 km/h e mais de 700 mil clientes sem luz: o temporal no RS

Em Rio Pardo, uma mãe de 21 anos e o filho de três anos morreram após uma árvore cair sobre a casa onde estavam

15/10/2015 - 08h24min

Atualizada em: 15/10/2015 - 08h24min


Félix Zucco / Agencia RBS
Canoas, na Região Metropoliana, é um dos municípios mais afetados pela tempestade

Com ventos de mais de 130 km/h, o temporal que atingiu o Rio Grande do Sul entre a noite de quarta-feira e a madrugada de hoje fez três vítimas fatais e mais de 10 feridos, derrubou centenas de árvores em diversas cidades do Estado e deixa cerca de 711 mil clientes sem luz. Para piorar, a chuva segue castigando os gaúchos na manhã desta quinta-feira, com fortes rajadas de vento.

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Em Rio Pardo, uma mãe de 21 anos e o filho de três anos morreram após uma árvore cair sobre a casa onde estavam, no bairro Jardim Boa Vista. O prefeito da cidade, Fernando Henrique Schwanke, disse que o município está "anestesiado" por causa do incidente.

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O temporal também provocou a morte de um homem em Porto Alegre, na Zona Norte. Conforme a Brigada Militar, Gustavo Oliveira, 21 anos, foi levado pelas águas e caiu no Arroio Dique, no bairro Sarandi. O corpo do jovem, que desapreceu durante a madrugada, foi encontrado por volta das 10h.

Com rajadas superiores a 110 km/h, a tempestade na Capital foi a segunda maior dos últimos sete anos. Em Santa Maria, o vento chegou a 134 km/h.


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Há problemas no abastecimento de energia elétrica em todas as regiões de Porto Alegre. De acordo com a CEEE, 207 mil clientes estão sem luz na Região Metropolitana - pelo menos 135 mil na Capital, e passam dos 400 mil os clientes sem energia na área de concessão da AES-Sul. Na área da RGE, 104 mil pessoas são afetadas pela falta de abastecimento. 

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- Tivemos quatro linhas de transmissão com problemas, que geraram mais interrupção de luz, especialmente na região de Canoas. Instalamos o comitê de crise e trabalhamos durante toda a madrugada. Até o final da tarde, tudo deve estar normalizado - disse o presidente da CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, em entrevista à Rádio Gaúcha.

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Na rodoviária da Capital, a água invadiu os terminais de embarque de passageiros. Sem luz, novas passagens não eram emitidas no começo da manhã. No bairro Floresta, um carro foi "engolido" pela água e ficou submerso na Rua Garibaldi. Três estações do trensurb tiveram de ser fechadas.

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De acordo com o Hospital de Pronto-Socorro da Capital, ao menos 11 pessoas procuraram a emergência em razão de ferimentos provocados pelo desabamento de parte do telhado da quadra da Imperadores do Samba, na Avenida Padre Cacique, na zona sul. Ninguém teria sofrido ferimentos graves.

O Hospital de Clínicas teve várias janelas de vidro quebradas, o que ocasionou alagamentos de salas e corredores e danificou equipamentos, como computadores. Por causa dos estragos, todas as consultas marcadas para esta quinta-feira foram canceladas, assim como as cirurgias não urgentes. A equipe do hospital pede que as pessoas evitem ir ao local, mas ressalta que a emergência continua funcionando.

A Defesa Civil Estadual recebeu uma série de chamados de pessoas que tiveram casas danificadas por granizo e alagamentos provocados pela chuva. Os municípios das regiões Metropolitana e Central foram os mais atingidos. São mais de 60 cidades prejudicadas. Doze equipes do órgão trabalham para ajudar as vítimas.

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Em Santa Maria, a chuva destruiu parte do ginásio do Guarany-Atlântico onde estavam as doações para os atingidos da semana passada. Algumas escolas da cidade cancelaram as aulas. Em Dilermando de Aguiar, a estrutura montara para uma feira desabou com o vento e deixou quatro pessoas feridas.

*Zero Hora


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