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Profissão de artesão é reconhecida a partir de regulamentação

Quem trabalha produzindo artesanato poderá contar com linha de crédito especial para financiar a comercialização da produção e a aquisição de matérias-primas e de equipamentos

28/10/2015 - 15h51min

Atualizada em: 28/10/2015 - 15h51min


CNARTS / Divulgação
Profissionais do Rio Grande do Sul comemoraram lei nacional

Um projeto de lei que tramitava no Congresso desde 2010 finalmente virou lei para transformar em profissão, no Brasil, uma das atividades mais antigas do homem: o artesanato.

A profissão de artesão agora está regulamentada, com a publicação da Lei 13.180, que estabelece diretrizes para as políticas públicas de fomento à profissão, institui a carteira profissional para a categoria e autoriza o poder Executivo a dar apoio profissional aos artesãos.

A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União de 22 de outubro. Ela deve beneficiar cerca de 10 milhões de artesãos brasileiros.

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No Rio Grande do Sul, a categoria artesã está em festa, de acordo com a Confederação Nacional dos Artesãos do Brasil (CNARTS). 

A entidade informou que artesãos e artesãs gaúchos foram os primeiros a comemorar em ato público, no domingo, 25 de outubro. A manifestação foi em frente ao Monumento ao Expedicionário, junto ao Brique da Redenção, em Porto Alegre - tradicional ponto de venda de artesanato na cidade.

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A nova lei define a profissão de artesão como "o exercício de atividade predominantemente manual, que pode contar com o auxílio de ferramentas e outros equipamentos, desde que visem a assegurar qualidade, segurança e, quando couber, observância às normas oficiais aplicáveis ao produto".

- O artesanato movimenta a economia regional, e essa lei vai permitir a destinação de linhas de crédito para esses trabalhadores, ou seja, apoiar o artesão e também permitir a qualificação e a gestão profissional das atividades dessa categoria - explicou o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto.

As linhas de crédito ainda não foram definidas pelo governo.

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A legislação define que o artesanato deve valorizar a identidade e a cultura nacionais, especifica a destinação de uma linha de crédito especial - para financiar a comercialização da produção e a aquisição de matérias-primas e de equipamentos - e determina, ainda, a integração dessa atividade profissional com outros setores e programas de desenvolvimento econômico e social.

Também permite o apoio comercial e a identificação de novos mercados dentro e fora do país. Para isso, indica a criação de certificados de qualidade, que permitam agregar valor aos produtos e técnicas artesanais.

A lei define ainda a criação de uma Escola Técnica Federal de Artesanato, dedicada exclusivamente ao desenvolvimento de programas de formação. E diz que o artesão deverá ser identificado pela Carteira Nacional do Artesão, válida em todo o território nacional por, no mínimo, um ano, e que só poderá ser renovada com a comprovação de contribuições para a Previdência Social.

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