Vítima reagiu
Assaltante morto por bombeiro em Porto Alegre estava em prisão domiciliar
Carlos Vladimir de Oliveira Barbosa, de 28 anos, tinha antecedentes por roubo de carros
Um assaltante foi morto a tiros por um bombeiro no fim da manhã de sexta-feira, no bairro Boa Vista, em Porto Alegre. Segundo o delegado da 9ª DP, Alexandre Vieira, o bandido, identificado como Carlos Vladimir de Oliveira Barbosa, 28 anos, foi atingido por pelo menos dois tiros disparados pelo militar, que era vítima do assalto.
Por volta das 11h, o bombeiro - que não teve a identidade revelada - foi abordado dentro do próprio carro momentos depois de deixar a esposa e o filho recém-nascido em um evento, na Alameda Coelho Neto, próximo à praça Japão. O assaltante pediu para a vítima descer do veículo e desconfiou sobre sua profissão.
- Ele mandou o bombeiro abandonar o carro e perguntou se ele estava armado. Queria saber se ele era brigadiano. O rapaz pediu para levantar a camiseta e revistou a vítima para ver se não carregava arma na cintura. O bombeiro mostrou a parte das costas e quando se virou não viu outro jeito e atirou contra o rapaz - detalhou o delegado.
O bandido tentou atirar contra a vítima, porém, o revólver calibre 32 falhou. O militar estava armado e reagiu.
- Houve o barulho, só que não detonou. Vimos que o cartucho da arma do assaltante estava picotado. Possivelmente isso aconteceu porque era munição velha - explicou Alexandre Vieira.
À polícia, a esposa da vítima afirmou que havia visto um carro branco suspeito nas proximidades momentos antes da tentativa de roubo, levantando a hipótese da participação de uma segunda pessoa no crime. Testemunhas e o bombeiro não confirmaram a informação ao delegado.
O assaltante morto tinha antecedentes por roubo de carro e estava em prisão domiciliar. O caso será tratado como tentativa de roubo e legítima defesa.
Com medo de polícia
O delegado Alexandre Vieira conta que, nos últimas ocorrências, os assaltantes estão perguntando às vítimas se elas estão armadas antes do ataque. Diversos casos parecidos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil ultimamente. A atitude, segundo Alexandre, ocorre devido ao medo dos bandidos de alguma reação fatal.
* Diário Gaúcho