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Prefeitura rescinde contrato com empresa de coleta de lixo

Empresa deixou de prestar o serviço na quinta-feira à noite devido a um protesto de funcionários por falta de pagamento

06/11/2015 - 15h52min

Atualizada em: 06/11/2015 - 15h52min


Bruna Vargas - de Tramandaí
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Diego Vara / Agencia RBS
Lixo ficou acumulado em diversas vias da Capital, como a Rua São Carlos, no Bairro Floresta

Após a interrupção da coleta domiciliar em Porto Alegre na noite de quinta-feira, a prefeitura rescindiu o contrato emergencial com a empresa Ecopav, que realizava o serviço desde o dia 27 de março, na tarde desta sexta-feira. Foi realizado um novo contrato emergencial com a empresa Belém Ambiental para que o recolhimento de resíduos seja retomado ainda hoje. A previsão é de que o serviço seja normalizado em até quatro dias.

- Para a nossa surpresa, na manhã de ontem, eles saíram apenas com uma pequena equipe. À noite, a coleta foi totalmente paralisada, e continuou paralisada nesta manhã. Nós temos recibos de que realizamos o pagamento, mas eles não repassaram aos funcionários. Ficou claro um rompimento de contrato por parte da Ecopav - disse, em coletiva de imprensa, o prefeito José Fortunati.

Moradores convivem com depósito irregular de lixo na frente de casa

Segundo o prefeito, a ausência de um informativo oficial da empresa sobre o problema demonstrou "um abandono" do serviço. Para tentar amenizar o problema, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) realiza, desde a noite de quinta-feira, uma ação emergencial com 17 caminhões locados. Mas até a manhã desta sexta-feira, o departamento só tinha conseguido atingir 25% do que normalmente é coletado nas noites de quinta-feira.

A ordem de início dos trabalhos da Belém Ambiental será dada às 18h de hoje. Vencedora da licitação para executar a coleta domiciliar na Capital, a empresa atuará em caráter emergencial até o dia 23 de novembro, quando começam os trabalhos previstos na licitação.

Em Porto Alegre, coleta de lixo agora também será de bicicleta

Para atender à emergência, serão disponibilizados 35 caminhões durante o período. Eles devem se somar aos 17 veículos locados pela prefeitura até que a situação seja normalizada. Em caráter excepcional, haverá coleta também neste domingo.

Segundo o diretor-geral do DMLU, André Carús, a prefeitura estuda a possibilidade de denunciar a Ecopav como inidônea, para que a empresa não possa firmar contrato com outras prefeituras.

Até janeiro, Porto Alegre deve ter o dobro de contêineres de lixo

O vice-presidente da empresa paulista Ecopav, Luiz Alberto Poggi, veio a Porto Alegre nesta sexta-feira para tentar resolver o problema. Ele confirmou o não pagamento dos funcionários, mas disse que a empresa foi "pega de surpresa" pelo protesto e negou o abandono do serviço. A empresa Ecopav atuava em caráter emergencial na Capital desde o dia 27 de maio. O contrato de 180 dias se encerraria no dia 22 de novembro.


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