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Rio Grande do Sul está em alerta para zika vírus

Doença é causada pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue e chikungunya

25/11/2015 - 03h01min

Atualizada em: 25/11/2015 - 03h01min


Camila Kosachenco
Camila Kosachenco
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Rafaela Martins / Agencia RBS

Foram divulgados na terça-feira, em Brasília, dados referentes a novos casos de dengue, chikungunya e zika vírus no país. O Levantamento Rápido de Índice Aedes aegypti (LIRAa), apresentado pelo Ministério da Saúde, indicou que 199 municípios estão em situação de risco de surto das doenças. Na ocasião, também foram destacados os números mais recentes sobre a microcefalia, má-formação que faz com que o cérebro do bebê não se desenvolva corretamente. Isso porque houve um aumento de casos da condição em nove Estados, a maioria do Nordeste.

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O ministério afirmou que investiga 739 casos suspeitos de microcefalia no Brasil. Pernambuco tem o maior índice, com 487 ocorrências. Ainda sem dar respostas sobre o aumento no número de registros da condição, a pasta diz que está atuando de forma integrada com secretarias estaduais e municipais de saúde para investigar as ocorrências. No entanto, o ministro Marcelo Castro afirmou que há 90% de chances de os casos estarem relacionados ao zika vírus.

Na semana passada, o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz da Fiocruz/RJ constatou a primeira evidência para relacionar os casos. Foi encontrado o genoma do zika em amostras de duas gestantes da Paraíba que tiveram a confirmação de microcefalia em seus bebês.

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O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que passa dengue e chikungunya, e já tem ocorrências em 18 Estados. O RS não aparece na lista de casos confirmados de microcefalia e zika do Ministério da Saúde. Mesmo assim, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde está em alerta.

- Há risco de contágio, afinal já são muitos Estados confirmados. É uma questão de tempo (para o vírus chegar ao Rio Grande do Sul). Acredito que teremos casos isolados, não um surto - avalia a diretora do Centro, Marilina Bercini.


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