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Operação Lava-Jato

Romário se contradiz sobre conta na Suíça

Em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta sexta-feira, senador admitiu ter sido correntista do BSI quando jogava na Europa

27/11/2015 - 17h28min

Atualizada em: 27/11/2015 - 17h28min


Betina Humeres / Agencia RBS

O senador Romário (PSB-RJ) caiu em contradição ao explicar a suposta existência de uma conta no banco suíço BSI. Em entrevista publicada no jornal O Globo nesta sexta-feira, ele admite ter sido dono, de fato, de uma conta no banco BSI. "Quando eu jogava na Europa, tive uma conta no BSI, só não sei o ano", disse o ex-jogador.

Em uma publicação no Facebook, no dia 31 de julho, Romário disse que o banco tinha admitido que ele "nunca tivera vínculo com a instituição". O documento divulgado pelo BSI na ocasião atestou que uma conta citada pela revista "Veja", em julho, não era sua naquele momento. Mas o BSI não especificou, à época, se o senador já fora correntista em outro momento.

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Durante a entrevista ao jornal, Romário negou que atualmente seja titular de conta no BSI. Em resposta a um comentário no Facebook, o senador afirmou que deseja que o Ministério Público suíço envie "todo o histórico".

Em um ofício enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta sexta-feira, o senador pede que seja averiguado se já houve alguma movimentação na conta citada. A existência de uma suposta conta, ainda em atividade e com saldo equivalente a R$ 7,5 milhões, foi revelada em julho pela revista "Veja". Após o episódio, o senador foi à Suíça e ironizou a situação, se dizendo "chateado" por não ser o dono da conta.

Editorial: ninguém está acima da lei

A manifestação do senador ocorre dois dias depois de vir à tona gravação de conversa entre o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o advogado Edson Ribeiro em que eles negociavam para tentar impedir a delação premiada do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Em um trecho, Ribeiro, que foi preso na manhã desta sexta, afirma que Romário tinha dinheiro numa conta na Suíça, mas foi avisado para retirá-lo para não "ser preso".

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Em agosto deste ano, o banco BSI disse em carta encaminhada ao parlamentar que o extrato divulgado pela Veja era "falso" e informou ter aberto uma queixa penal no Ministério Público de Genebra. O BSI não informa, porém, se Romário já foi cliente do banco ou se foi titular de alguma outra conta sob sua custódia. Após a polêmica, a revista divulgou uma nota pedindo desculpas ao senador.

*Zero Hora com agências


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