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Aedes aegypti: saiba como o mosquito mais temido da atualidade surgiu no Brasil

Responsável pela transmissão de doenças como a dengue e a febre amarela, além do vírus Zika, mosquito se prolifera em águas paradas e limpas

11/12/2015 - 13h26min

Atualizada em: 11/12/2015 - 13h27min


Inseto se diferencia pela cores preto e branco

Transmissor de doenças como a dengue, a febre amarela, a febre chikungunya e o vírus Zika, o mosquito Aedes aegypti têm causado preocupação no Brasil pelo risco que representa.

E, para quem pensa que é uma novidade no país, engana-se: pesquisadores acreditam que ele tenha chegado ao Brasil ainda no período colonial (entre os anos de 1500 e 1822).

– O mosquito veio nos navios com os escravos – explica a pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Margareth Capurro.

Conheça o ciclo de vida do mosquito

Originário do Egito, na África, o mosquito vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16.

De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, o Aedes aegypti foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo veio em 1818, após a descrição do gênero Aedes.

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Em território nacional, desde o início do século 20, o mosquito já era considerado um problema. À época, no entanto, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela.

– Na campanha contra a febre, o Aedes aegypti foi erradicado do Brasil usando inseticida químico – lembra a pesquisadora Margareth Capurro.

Porém, não demorou muito para o mosquito voltar e se espalhar pelo extenso território brasileiro. Em meados dos anos de 1980, o Aedes aegypti foi reintroduzido no país, por meio de espécies que vieram principalmente de Cingapura.

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Hoje, conforme estudiosos, falar em erradicação é algo improvável.

– O fato de usarmos muitos inseticidas químicos fez com que sejam selecionados os mosquitos mais resistentes. A resistência atual desses vetores é muito grande. Justamente por isso, tende-se a diminuir ao máximo o uso de inseticida químico – esclarece Capurro.

Segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) – que se baseia em dados dos meses de outubro e novembro de 2015 e acumula informações de 1.792 cidades –, um total de 199 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e vírus Zika devido à presença significativa do Aedes aegypti.

Confira aqui como está a situação no seu município

A classificação, feita com base em dados reunidos pelo Ministério da Saúde, leva em conta o fato de que, em mais de 4% das casas visitadas nesses locais, foram encontradas larvas do mosquito.

O levantamento identificou ainda a presença do mosquito Aedes albopictus em 261 municípios. Esse vetor também pode transmitir a chikungunya e o vírus Zika.

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* Agência Brasil


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