Proteção
Aplicativo para atender mulheres em situação de violência começa a ser testado em janeiro na Capital
Duas mulheres do bairro Restinga serão escolhidas para experimentar o serviço
Inicialmente, será feito o teste com duas mulheres do bairro Restinga, que serão escolhidas a partir de janeiro. Após o período de experiência, o objetivo é estender o uso para outras vítimas.
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O líder de desenvolvimento do app, Daniel Dora, explica que as mulheres escolhidas pelo Judiciário receberão um código para se cadastrar, com um termo se comprometendo a acionar a polícia somente em casos de emergência.
– Quando ela aperta quatro vezes no botão liga e desliga, automaticamente cai no atendente do 190, junto com todas as informações dela e do possível agressor e a localização dela através do GPS. Se ela estiver em fuga, fazemos todo o controle do deslocamento dela para informar a polícia – explica.
Após o acionamento, imediatamente, uma viatura irá deslocar para atender a ocorrência. O secretário da Segurança, Wantuir Jacini, explica que o efetivo que fará o atendimento será o mesmo que já trabalha no policiamento ostensivo.
– Quando o 190 receber o chamado, ele vai disparar a viatura mais próxima para atender – destaca. Ainda segundo ele, não há uma previsão de quanto tempo levará o período de testes com as duas vítimas.
A coordenadora de projetos da Themis, Lívia de Souza, ressalta que a escolha da Restinga para os testes se deu por ser um bairro afastado, onde a violência é muito alta e ao mesmo tempo contar com duas Promotoras Legais Populares (PLP), que atuam na ajuda a mulheres vítimas de violência.
Ela destaca, ainda, que hoje a grande maioria das vítimas tem um smartphone para baixar poder baixar o app, mas, se for necessário, a Associação de Juízes do Rio Grande do Sul realiza, desde 2014, o recolhimento de aparelhos celulares em desuso para auxiliar as mulheres.