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Zona Leste

Nova discussão sobre plano viário traz esperança de salvar horta comunitária na Capital

Espaço na Lomba do Pinheiro que pode ser trocado por asfalto volta à pauta para que prefeito revogue decisão da CDMUA

15/12/2015 - 08h34min

Atualizada em: 15/12/2015 - 08h34min


Alessandra Noal
Alessandra Noal
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Félix Zucco / Agencia RBS

Uma das únicas hortas comunitárias que restou em Porto Alegre, que estava marcada para acabar, pode voltar a ter tranquilidade. Na manhã de hoje, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara de Vereadores traz à pauta, com "alta prioridade", o futuro da Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro.

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A partir das 10h, uma reunião que deve contar também com representantes do Conselho Popular do Bairro, de entidades ambientalistas e de secretarias municipais, além da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, irá discutir a situação da inclusão de uma via em pleno espaço rural do bairro da Zona Leste da cidade.

Horta comunitária da Lomba do Pinheiro em xeque

No mês passado, o Diário Gaúcho acompanhou o drama da comunidade com a possibilidade de uma avenida interromper o projeto. O projeto que permite a construção de quatro ruas na área de quatro hectares, que comprometerá a plantação das hortaliças, foi acatado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA) por 11 conselheiros.

De acordo com o presidente da Cosmam, vereador Marcelo Sgarbossa (PT), o prefeito José Fortunati teria mostrado-se favorável à horta, mas ainda não teria deixado registrado em documento a posição da prefeitura. 

- A ideia é discutir a questão para que prefeitura registre a posição contrária à definição da CMDUA e retire o projeto do Plano Diretor da cidade - fala o vereador.

A pauta irá voltar para a Secretaria de Urbanismo. No ano que vem, os conselheiros devem fazer uma vistoria no local para verificar por onde as ruas passariam e o quanto atrapalharia a horta. O projeto deve ser refeito para ser votado novamente no Conselho.
Segundo o professor municipal Flávio Burg, que trabalha na horta, a comunidade irá acompanhar o processo para se certificar de que não será feito nada para prejudicar a população.

Moradores contrários

Segundo os próprios moradores da comunidade, a construção de uma via que ligaria as avenidas São Pedro e São Paulo, passando pela lateral da plantação de hortaliças, é "desnecessária". Diaran da Silva, conselheiro-suplente do Plano Diretor, destaca que, em audiência realizada no bairro, constatou-se que a comunidade é contra o projeto _ ele lembra ainda que um abaixo-assinado coletou mais de 1,6 mil assinaturas contrárias à iniciativa.


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