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Seu problema é nosso

Cãozinho precisa de cirurgia para voltar a andar

Dono do animal, o motorista Adão Teixeira não tem condições de pagar a operação 

29/01/2016 - 08h27min

Atualizada em: 29/01/2016 - 13h50min


Após esperar mais de um mês, o motorista de transporte coletivo Adão Teixeira, 42 anos, morador do Bairro Campo Novo, em Porto Alegre, conseguiu atendimento veterinário pela Secretaria de Direitos dos Animais (Seda) para o seu cãozinho Bili, que repentinamente perdeu o movimento das patas.

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Diagnosticado pela Seda com hérnia de disco, que é uma degeneração dos ossos da coluna que dificultam a movimentação do animal, agora o linguicinha precisa realizar uma cirurgia, mas o procedimento não é oferecido pela secretaria municipal.

– A veterinária da Seda examinou Bili e, rapidamente, falou que o problema é hérnia de disco. Ela fez os curativos nas patinhas, e disse que ele precisa fazer uma cirurgia. Nos indicou procurar uma clínica particular ou alguma faculdade que faça mais barato – conta Adão.

Sem condições

Sem condições de pagar tratamento e o procedimento em clínica particular, Adão procurou a Faculdade de Veterinária da Ufrgs e levou um susto ao saber o custo da cirurgia: em torno de R$ 1 mil. Para amenizar o sofrimento do cãozinho, ele planeja construir uma cadeira de rodas com canos de PVC.

– Nós vamos ver na internet como se faz esta cadeirinha. Por enquanto vamos levando, fazendo os curativos e dando remédio. Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance – garante o motorista.

Sensibilidade

Além dos cuidados recomendados pela veterinária, a família tem feito uma espécie de fisioterapia caseira no animal, com massagens nas patinhas, pois, de acordo com Adão, Bili já está perdendo a sensibilidade, mas continua tentando caminhar. Para evitar que o cãozinho se arraste no chão e as feridas piorem, o espaço de convívio do animal foi limitado.

– Ele corria por tudo, é muito triste vê-lo assim, sem se mexer e chorando de dor – conta.

Hérnia de disco é comum em algumas raças

A veterinária e professora da disciplina de cirurgia na Faculdade de Veterinária da Ulbra Beatriz Kosachenco explica que a hérnia de disco é comum em raças de cães que tem como característica as patas curtas, como os linguicinhas. De acordo com ela, a doença pode se manifestar a partir dos seis meses de vida, mas os primeiros sintomas surgem aos seis anos.

Para atrasar a manifestação da doença, Beatriz recomenda que os donos tentem evitar que os cães façam esforços físicos que possam sobrecarregar a coluna, como subir e descer escadas, pular no sofá, na cama ou até ficar pulando para pedir colo. Ela diz que isso pode aumentar a chance de a doença se manifestar.

Beatriz esclarece que, dependendo do estágio, os animais podem, além de perder o movimento das patas, perder a sensibilidade à dor profunda. Nesse caso, fica mais difícil de reverter o quadro clínico mesmo através de cirurgia:

– Depois que o animal perde a sensibilidade, é recomendado que a cirurgia seja feita em até 48 horas, pois, nesse período, as chances de voltar a caminhar são maiores.

Fisioterapia e acupuntura podem ajudar, mas devem ser acompanhadas por um profissional.

Se você quiser ajudar o Bili, entre em contato com o jornal através do telefone 3218-1662 ou WhatsApp 9731-4654.

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