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Violência urbana

Edifício é arrombado três vezes em cinco dias na Capital

Invasão de dois apartamentos ocorreu no fim de semana. Na terça-feira, ladrão fez nova tentativa, mas fugiu após ser percebido

28/01/2016 - 22h34min

Atualizada em: 28/01/2016 - 22h35min


Carlos Ismael Moreira
Carlos Ismael Moreira
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Prédio, cujo bairro sofre com assaltos e consumo de drogas, foi alvo de bandidos

Nem dentro de casa a população está protegida contra os perigos da crise na segurança que assola do Estado. Na Capital, no bairro Medianeira, um prédio foi arrombado três vezes em apenas cinco dias. Conforme moradores, que pediram para ter a identidade preservada, a região também sofre com assaltos e consumo de drogas à luz do dia nas ruas.

No sábado, perto das 13h30min, criminosos invadiram o prédio na esquina das ruas Fonseca Ramos e General Gomes Carneiro. Os ladrões arrombaram um dos apartamentos no terceiro e último andar, cujos residentes não estavam em casa, e levaram dois aparelhos de som e um secador de cabelos.

No domingo, o edifício foi alvo novamente. Ao menos um homem, que os moradores acreditam ser um dos que praticou o crime no dia anterior, voltou a arrombar o mesmo apartamento, e entrou ainda em outra residência, no primeiro andar.

Segundo um morador do térreo, a família havia saído para almoçar na casa de uma das filhas. Em seguida, receberam ligação de uma vizinha, avisando que o apartamento havia sido invadido:

– Quando cheguei, vi que a porta tinha sido aberta, aparentemente com um pé de cabra pela marca que ficou perto da fechadura. A TV da sala estava no chão, enrolada na manta do sofá. Acho que ele (o assaltante) desistiu de levar porque teve de sair às pressas, em razão dos latidos da nossa cadela.

"O que mais me assusta são os comentários: 'Sorte que tu não tá morta'"

Um homem que chegava no prédio naquela tarde cruzou por um jovem saindo com uma mochila e um violão elétrico nas costas, mas não desconfiou, pela tranquilidade com que o rapaz deixou o edifício. Além do instrumento musical, o bandido levou um tablet e um notebook da família do térreo – um prejuízo de R$ 5,5 mil. O ladrão foi descrito como magro, pardo, de cabelo raspado, medindo cerca de 1m70cm, usava boné bordô, camiseta cinza e bermuda xadrez. Não contente com o produto dos furtos anteriores, o mesmo assaltante voltou ao prédio na terça. Tentou invadir novamente o apartamento térreo, mas, dessa vez, uma moradora estava em casa e gritou ao perceber que a porta era forçada.

– O barulho parou. Depois ouvimos passos nas escadas. Ficamos com muito medo. Depois, eu e a vizinha fomos até a entrada do prédio e o cara lá, sentado. Quando nos viu, saiu correndo – diz.

"Levaram todo o dinheiro que era para pagar a parcela da minha casa"

O que dizem Polícia Civil e Brigada Militar

"Arrombamentos costumam acontecer mais em área comercial. Naquela região (bairro Medianeira), o problema mesmo são muitos assaltos, em razão da dificuldade comum em toda Porto Alegre, que é a fragilidade do policiamento ostensivo." Delegado César Carrion, titular da 2ª DP

"Vamos enviar equipe para conversar com os moradores. Se eles sabem características do ladrão, é uma informação preciosa. Estamos próximos de um feriado em que muitas residências ficam vazias, e ele (criminoso) pode tentar algo novamente." Major Sérgio Rocha Responde pelo comando do 1º Batalhão de Polícia Militar

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