Banco Central
Mercado financeiro prevê inflação de 7% em 2016
Conforme o Relatório Focus, estimativa para o IPCA em 2017 também subiu: de 5,2% para 5,4%
De acordo com o Banco Central, a projeção de economistas de instituições financeiras para a infação em 2016, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 6,93% para 7%. O teto da meta é 6,5%.
Divulgado na manhã desta segunda-feira, o resultado integra o documento conhecido como Relatório Focus. Para 2017, a previsão para o IPCA também subiu: de 5,2% para 5,4%. O teto da meta de inflação para 2017 é 6%. Já o centro da meta é 4,5% – tanto para 2016 quanto para 2017.
Produto Interno Bruto (PIB)
O Relatório Focus ainda apresenta projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Segundo o Banco Central, a estimativa de retração da economia neste ano manteve-se em 2,99%.
Por outro lado, a projeção para o PIB de 2017 subiu de crescimento de 0,86% para 1%. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços do país, e serve como parâmetro para estudar o comportamento da economia.
Taxa Selic
Conforme o Relatório Focus, a taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada em 0,5% para 14,75% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que se reúne nesta terça-feira e na quarta. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano.
Para o fim de 2016, a estimativa mediana (que desconsidera os extremos nas projeções) para a Selic é 15,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de que a taxa básica seja reduzida, encerrando o período em 12,88% ao ano. Na semana passada, essa mesma previsão ficou em 12,75% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Produção industrial e dólar
A produção industrial deve apresentar retração de 3,47% neste ano, contra 3,45%, previstos na semana passada. Em 2017, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento foi ajustada de 1,98% para 1,80%.
A estimativa para a cotação do dólar segue em R$ 4,25 ao fim de 2016 e foi alterada de R$ 4,23 para R$ 4,30 para dezembro de 2017.