Porto Alegre
Polícia prende mulher suspeita de tentar roubar bebê dos braços da mãe
Mulher estava em sua casa, em Viamão, quando foi localizada
Agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre prenderam na manhã desta terça-feira, em Águas Claras, Viamão, a mulher suspeita de tentar sequestrar um bebê de três meses dos braços da mãe na avenida Ipiranga, na Capital, no último dia 5 de janeiro.
A mulher estava em casa desde quinta-feira, quando retornou do Litoral Norte. Segundo o delegado César Carrion, a suspeita, natural do estado de Pernambuco, é enfermeira do Grupo Hospitalar Conceição e ainda está em licença maternidade. O motivo do crime seria pelo fato de que passou por transtornos psicológicos após perder o bebê no dia 7 de dezembro. Ela teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
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Carrion destaca que a enfermeira foi reconhecida após depoimento de testemunhas, da análise de imagens e da descoberta do perfil da suspeita em redes sociais.
– Ela postou depoimentos em que relatava a perda, o sofrimento, entre outras coisas – afirma Carrion.
Além disso, ela estava anunciando em sites a venda de itens do enxoval do bebê. A polícia também está apurando a participação do marido dela no caso.
A mulher será submetida a um exame psicológico. Como ela é enfermeira, a polícia acredita que ela escolheu a vítima porque acompanhou no hospital Conceição parte da gestação e do nascimento da criança que tentou sequestrar.
Entenda o caso
O caso aconteceu na avenida Ipiranga, em frente ao Colégio Protásio Alves. A mãe do menino, uma dona de casa de 36 anos, relatou que havia recém descido de um ônibus da linha T1 e esperava para atravessar a rua pela passarela do Arroio Dilúvio.
Ela disse em entrevista à Rádio Gaúcha que uma mulher desceu de um carro e tentou pegar a criança. A mãe, que teve o nome preservado, contou ainda que precisou brigar para segurar o filho.
– Quando eu fui atravessar para o lado da Zero Hora, estava esse carro parado, A mulher desceu e disse 'caiu'. Nisso, ela tentou arrancar o meu menino dos meus braços. Aí a gente ficou brigando, eu não soltava ele. Aí eu só sei que era um homem que estava no carro junto com ela e ele disse: 'agora não dá'. Aí ela entrou e ele saiu cantando pneu e eu pedi abrigo na Zero Hora com os seguranças.
A mãe ainda disse que a mulher tentou puxar insistentemente a criança.
– Eu não larguei o meu bebê – contou.
A mãe da criança e o bebê tiveram escoriações leves e passam bem. Ela ia levar a criança para visitar a avó, na Avenida Érico Veríssimo. O pai, que estava trabalhando no momento do ataque, foi até o Palácio da Polícia, onde foi registrada a ocorrência.
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