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Reflutuação

Cintas mais resistentes auxiliarão na nova etapa de resgate do Cisne Branco 

Cordas que estão presas à embarcação não são suficientes para suportar o peso do barco. Suspensão deve ocorrer na quinta-feira

10/02/2016 - 10h11min

Atualizada em: 10/02/2016 - 18h46min


Amarração das cintas ocorre durante esta quarta-feira

Depois de um longo trabalho para desvirar o barco Cisne Branco, que afundou com a tempestade do dia 29 de janeiro, uma nova etapa no processo de reflutuação foi realizada nesta quarta-feira. Com 90% da embarcação à tona, foi preciso suspender a parte que ainda está submersa. Para tal, pelo menos cinco novas cintas especiais precisaram ser presas ao barco, num processo finalizado às 18h30min.

Conforme o coordenador de operações das balsas do resgate, Derci Ferreira, cada cinta é capaz de suportar até 18 toneladas. Elas serão responsáveis por trazer à superfície a primeira fila de janelas do barco, última parte que ainda está submersa.

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– As cintas sendo usadas porque os seis cabos que serviram para desvirar o barco não estavam resistindo ao peso. Assim que conseguirmos levantar ele, poderemos começar o processo de retirada de água de dentro da embarcação – explica Ferreira.

Desde o início da manhã, 15 funcionários trabalharam para instalar as cintas que irão prender as amarras ao barco. A finalização deste processo ocorrerá nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira e será seguida da suspensão da embarcação.

– Ainda não conseguimos perceber algum estrago grande no barco. Quando ele for colocado em flutuação de novo, vamos poder avaliar – afirma um dos proprietários do barco, Everton Nunes.

Com o avanço já obtido no processo de reflutuação, alguns objetos puderam ser recuperados. Entre eles, vários coletes salva-vidas, um uniforme de marinheiro e uma garrafa de espumante.

– A garrafa de espumante foi um dos primeiros objetos que pudemos ver, além dos coletes que saíram flutuando. Ela está intacta, mas muito suja. Guardamos ela assim, do jeito que ficou, pois queremos usá-la na reinauguração do barco. O uniforme, que estava guardado em um saquinho dentro do camarote de um dos marinheiros, que aliás é o mais antigo da empresa, com 31 anos de trabalho, ficou só com a gola suja. Isso que ele é todo branco – conta Nunes.

O custo aproximado para o resgate total da embarcação, conforme estimativa do coordenador da operação de reflutuação, José Teixeira, é de cerca de R$ 1 milhão. Na segunda-feira, foi criada uma campanha de arrecadação de R$ 950 mil no site de financiamentos coletivos vakinha.com.br para auxiliar nos custos do processo de reflutuação.



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