Economia



Focus

Mercado projeta mais inflação e queda maior do PIB em 2016 

Conforme o Banco Central, analistas estimam IPCA em 7,61% e retração de 3,33% da economia neste ano

15/02/2016 - 09h17min

Atualizada em: 15/02/2016 - 09h36min


Zero Hora
Zero Hora
Para 2017, a projeção para a inflação segue em 6%, de acordo com levantamento do BC divulgado nesta segunda-feira

Economistas de mercado projetam mais inflação e queda maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. A informação integra o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. O documento reúne a avaliação de mais de cem instituições financeiras.

Conforme o boletim, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, aumentou de 7,56% para 7,61%, a sétima alta seguida. Para 2017, a estimativa segue em 6%.

As projeções de inflação estão distantes do centro da meta de 4,5%. Neste ano, superam o teto de 6,5%. O limite superior em 2017 é de 6%.

Leia mais
Inflação do aluguel sobe 1,23% na 1ª prévia de fevereiro, revela FGV
Inflação atinge 1,27% em janeiro, maior taxa para o mês desde 2003
As histórias de quem enfrentou longas filas em busca de um emprego

Em relação ao PIB de 2016, o mercado projeta uma retração de 3,33%, contra a previsão anterior de baixa de 3,21%. Com isso, o indicador soma quatro avaliações negativas consecutivas.

Para 2017, as instituições financeiras esperam uma recuperação da economia, mas a projeção de crescimento está cada vez menor. No quarto ajuste seguido, a estimativa de expansão do PIB foi alterada de 0,60% para 0,59%.

Selic estável em 2016

Mesmo com inflação alta, as instituições financeiras não avaliam que o Banco Central suba a taxa básica de juros, a Selic, neste ano. A projeção para o final de 2016 permanece em 14,25% ao ano há duas semanas. Em 2017, a expectativa é de redução da Selic. No entanto, a expectativa para o fim do próximo ano foi ajustada de 12,50% para 12,75% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para os demais índices de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Índice Geral de Preços, Índice de Preços ao Consumidor e dólar

A pesquisa do Banco Central também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,72% para 7,98% neste ano. A estimativa para 2017 segue em 5,50%.

Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a expectativa passou de 7,29% para 7,72% em 2016 e permanece em 5,50% em 2017.

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), foi alterada de 7% para 7,04% em 2016 e de 5,30% para 5,40% no próximo ano.

A estimativa para os preços administrados, por sua vez, permanece em 7,70% neste ano e em 5,50% em 2017. Já a projeção para a cotação do dólar foi alterada de R$ 4,35 para R$ 4,38 ao fim de 2016 e segue em R$ 4,40 ao fim de 2017.

Leia as últimas notícias de Economia

*Zero Hora com informações da Agência Brasil


MAIS SOBRE

Últimas Notícias