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Suspeita não tem "base científica", diz fabricante de larvicida que pode ter relação com microcefalia

Sumitomo Chemical, empresa responsável pela fabricação do Pyriproxyfen, afirma que produto foi aprovado por órgãos internacionais

13/02/2016 - 17h20min

Atualizada em: 13/02/2016 - 17h21min


Médicos argentinos levantaram suspeita de que larvicida usado no Brasil desde 2014 pode ter relação com microcefalia

Em função da repercussão que gerou a suspeita levantada por médicos argentinos, de que os crescentes casos de microcefalia no Brasil estariam associados ao uso do larvicida Pyriproxyfen na água potável, a Sumitomo Chemical, fabricante do produto, emitiu nota afirmando que a hipótese não tem "base científica".

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Conforme a empresa, o larvicida é aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Conforme a nota, o produto não tem efeito mutagênico, não é genotóxico, não é carcinogênico nem teratogênico.

Confira a íntegra da nota emitida pela Sumimoto Chemical:

Em relação às notícias veiculadas nos últimos dias atribuindo o uso de Pyriproxyfen a casos de microcefalia no Brasil, a Sumitomo Chemical, fabricante do produto, esclarece que não há nenhuma base científica em tal afirmação. Pyriproxyfen é um produto aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em campanhas de saúde pública, como “inseticida-larvicida, controlando vetores de doenças, dentre os quais mosquitos Aedes aegypti, Culex quinquefasciatus e mosca doméstica”.

O produto é registrado desde 2004 e o Governo brasileiro o vem utilizando como inseticida-larvicida no combate ao Aedes aegypti. Pyriproxyfen também é registrado para o combate do Aedes aegypti em países como Turquia, Arábia Saudita, Dinamarca, França, Grécia, Holanda, Espanha. Na América Latina, República Dominicana e Colômbia vêm utilizando o produto desde 2010.

Pyriproxyfen é aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para combate a mosquitos, dentre eles o Aedes Aegypti. Segundo a OMS, em seu documento Pyriproxyfen in Drinking-water, publicado em 2004 - também publicado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) em 2001 -, o Pyriproxyfen não é mutagênico, não é genotóxico, não é carcinogênico nem teratogênico. O produto foi submetido a rigorosos testes toxicológicos que não demonstraram efeitos sobre a reprodução, sobre o sistema nervoso central ou periférico.

A Sumitomo, ao longo de seus mais de 100 anos de história, tem pautado sua atuação pelo rigor científico e respeito ao meio ambiente e a saúde da população e reafirma a confiança na segurança de seus produtos.

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No Rio Grande do Sul, o secretário estadual da saúde, João Gabbardo, suspendeu o uso do larvicida em reservatórios de água. O produto era utilizado principalmente em áreas do interior do Estado, onde o saneamento ainda é precário. Em nota, o Ministério da Saúde informou que o produto recomendado pelo governo brasileiro no combate ao Aedes aegypti em reservatórios é aprovado pela OMS e passa por "rigoroso processo de avaliação" da World Health Organization Pesticed Evaluation Scheme (WHOPES).


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