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Camelódromo será inaugurado em março

Depois de sucessivos atrasos e adaptações no projeto, o centro popular de compras da Restinga deve abrir as portas ainda neste mês.

01/03/2016 - 07h06min

Atualizada em: 01/03/2016 - 07h06min


Omar Freitas / Agencia RBS
Prédio na Estrada João Antônio da Silveira está pronto

Prestes a completar seis anos desde o anúncio do projeto para a construção do Camelódromo da Restinga, a inauguração do centro popular de compras deverá ocorrer ainda neste mês. De acordo com os ambulantes, as bancas já deveriam estar abertas ao público desde 15 de fevereiro. Conforme a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), o atraso ocorreu por conta de questões técnicas como o Habite-se e o Plano de Prevenção contra Incêndio (PPCI). O prédio que fica na esquina da Estrada João Antônio da Silveira com a Avenida Economista Nilo Wulff está pronto, mas ainda não foi entregue oficialmente pela construtora.

Enquanto isso, de acordo com a Associação dos Comerciantes do Camelódromo da Restinga, há pontos no contrato de cessão de uso do bem público com os quais os camelôs não concordam.

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- Uma cláusula fala que a gente tem de se encarregar do PPCI, o que custa em torno de R$ 6 mil. Para o comerciante popular é pesado - reclama o presidente Osvaldo da Silva Prates Júnior, 40 anos, camelô há mais de 20 anos.

Os ambulantes apontam também o descontentamento em relação à fachada do prédio, cuja parte superior foi construída com tijolo vazado, que prejudicaria as mercadorias em dias de chuva.

- O engenheiro diz que é para a circulação do ar e que não teria como alterar. Mas chove dentro como na rua - observa Osvaldo.

Outro ponto do contrato que preocupa os comerciantes é o tempo de cessão das bancas, de cinco anos, que poderá ser renovado.

- Queremos uma segurança para trabalharmos tranquilos - opina o presidente.

Apesar disso, os comerciantes estão otimistas em relação ao movimento de clientes no centro de compras porque consideram o ponto muito bom.

Sorteio das bancas já foi realizado

Conforme o titular da Smic, o secretário Antonio Kleber de Paula, a previsão de inauguração teve de ser atrasada por problemas de ordem técnica. À Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) foi feito o pedido de habite-se e o Plano de Prevenção contra Incêndio (PPCI) encaminhado ao Corpo de Bombeiros - os camelôs não precisarão arcar com os custos. O contrato de cessão de uso está na Procuradoria Geral do Município, para ajustes finais. O sorteio dos comerciantes que irão ocupar as 52 bancas foi realizado dia 20 de janeiro. Foram contemplados, prioritariamente, ambulantes que atuam na Estrada João Antônio da Silveira e na Rua Tenente Arizoly Fagundes.

- Estamos agilizando. Pretendo fazer a inauguração no mês de março - afirma Antonio.

O secretário acrescenta que é praxe jurídico a cessão de uso por um período de cinco anos, com possibilidade de renovação. Em relação à queixa da fachada, vazada, Antonio diz que poderá ser sanada.

Como será o centro popular de compras

São 44 bancas para venda de produtos diversos, uma para hortigranjeiros, seis para praça de alimentação e uma para a administração do Camelódromo. Cada banca tem 2m de largura por 2,50m de comprimento e 2,60m de altura.

A gestão do centro popular de comprar ficará a cargo da associação formada pelos camelôs. Os comerciantes vão dividir despesas como água, luz e segurança. Não haverá cobrança de aluguel por parte da prefeitura.

Dos cofres públicos, foram gastos R$ 600 mil no primeiro projeto do Camelódromo (apresentado em 31 de março de 2010, no qual telhado e estrutura metálica seriam reaproveitados do terminal de ônibus da Praça Rui Barbosa), que foi considerado inviável. O empreendimento que está pronto hoje tem área total de 750 m² e foi construído como medida compensatória pela Multiplan. O custo foi de R$ 2,5 milhões.

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