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Fofura em dobro

Mães de gêmeos que trocam experiências  pelo WhatsApp se encontram em Canoas

Grupo surgiu para trocar dúvidas através do aplicativo e acabou promovendo a convivência entre famílias da Região Metropolitana

27/03/2016 - 21h26min

Atualizada em: 27/03/2016 - 21h27min


Jeniffer Gularte
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Grupo de mães que troca dúvidas pelo WhatsApp se reuniu neste domingo no Zoológico Municipal de Canoas

As alegrias e as aventuras de ser mãe de gêmeos são partilhadas por 20 mulheres da Região Metropolitana de Porto Alegre em um grupo de WhatsApp no qual dividem experiências, trocam dúvidas e se socorrem nas horas de dificuldades.

Neste domingo, parte delas se reuniu para um encontro com seus pequenos na pracinha do Zoológico Municipal de Canoas. Depois do susto de saberem que ganhariam dois bebês ao mesmo tempo, cada uma enfrenta sua façanha diária:

– Eu chego sempre atrasada porque são duas crianças para arrumar. Sair sozinha de casa com dois pequenos é bem complexo – diverte-se a dona de casa Aline Nunes, 37 anos, mãe de Lívia e Caio, dois anos e sete meses.

Grupo reúne famílias da Região Metropolitana

O medo da operadora de caixa Gerusa Dolesk, 32 anos, virou a melhor experiência da sua vida, depois da chegada de Clara e Melissa, um ano e cinco meses. Os bebês provam que ela é capaz de superar a si mesmo:

– Quase caí para trás quando soube que eram duas. Todo dia é um dia diferente, elas brigam bastante, mas nos ensinam algo a cada dia.

A estudante de Direito Desirée Gerke, 23 anos, de Cachoeirinha, conta que o trabalho é dobrado o tempo inteiro. Quando Beatriz e Lavínia, dois anos e um mês, eram bebês, a dificuldade era amamentar uma e dar mamadeira para outra quando as duas estavam famintas ao mesmo tempo. Com a duplinha cada dia mais sapeca, o malabarismo só aumenta:

– Quando caminham, é cada uma para um lado, tu não sabe para onde correr. Se está acudindo uma, pode saber que a outra está fazendo outra coisa. E agora elas começaram a brigar muito entre elas, disputam a minha atenção.

Avanços, manhas e travessuras são divididos entre as mães que a cada dia se surpreendem com novas descobertas. Mãe de Antônia e Rafaela, dois anos e um mês, a estudante de Enfermagem Nubya Cardoso Machado, 19 anos, também de Cachoeirinha, afirma que o grupo funciona como terapia para ela:

– Tudo a gente quer saber se é normal e falando com outras mães a gente se ajuda. É bem trabalhoso, só consigo descansar depois das 21h, quando as duas estão na cama.

Mas a maratona, garante a mãe, vale a pena:

– É lindo quando elas estão juntas, se abraçam, dá uma coisa boa na gente. Quando a gente saí na rua, nunca é só uma voltinha, todo mundo nos para olhar elas.

Antônia e Rafaela, dois anos e um mês: maratona que vale a pena

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Uma mãe ajuda a outra

Do grupo que se encontrou na pracinha, a vendedora Leticia Pedroso Barcellos, 36 anos, de Glorinha, foi a única a planejar a vinda de gêmeos. Depois de tentar ter filhos por dez anos, fez fertilização e teve Pedro e João, hoje com quatro anos.

Companheiros, os meninos partilham brinquedos, rotina e a companhia um do outro. Para a mãe, a maior vantagem é vê-los crescendo compartilhando a vida juntos. E ela faz questão de não limitá-los pela semelhança física:

Os gêmeos Pedro e João, quatro anos, de Glorinha

– Estamos criando-os como indivíduos únicos.

Para organizar o dia a dia, os guris têm uma rotina disciplinada com horário para descansar, comer e dormir. Aos poucos, também vão ficando mais independentes. Cada vitória, é um orgulho para a mãe e mais uma história a ser compartilhada com as que ainda verão seus pequenos passar por essa fase:

– Falamos sobre o que fazer para colocar para dormir, dicas de alimentação e, principalmente, conversamos muito sobre nós mesmos, nos ajudamos muito.

Elas se acharam em um grupo nacional de mães de gêmeos no Facebook e reuniram-se em uma confraria apenas de mamães da região.

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