Notícias



Homem errado

"Não consegui dormir", diz estofador chamado por engano para depor na Lava-Jato

Confundido com executivo ligado ao Banco Schahin, Jorge Washington Blanco se apresentou à Justiça para audiência com Sergio Moro na última sexta-feira

09/03/2016 - 12h15min

Atualizada em: 09/03/2016 - 16h23min


Zero Hora
Enviar E-mail
Jorge Washington Blanco trabalha como estofador em Belo Horizonte

Por volta das 10h da última sexta-feira, enquanto o país acompanhava o rebuliço causado pela 24ª fase da Operação Lava-Jato, cujo alvo era o ex-presidente Lula, o estofador Jorge Washington Blanco, de Belo Horizonte, encarava o juiz Sergio Moro em um depoimento por videoconferência. No entanto, havia algo errado naquela ocasião, que foi percebido depois de poucos minutos de conversa: Jorge foi intimado por engano a depor como uma das testemunhas de acusação no processo em que o pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do petista – é réu. Ao perceber o equívoco, Moro encerrou o depoimento por se tratar de um caso de homônimo.

Leia mais
Delcídio cita Renan Calheiros e Aécio Neves em delação, dizem jornais
Lula participa de café da manhã com senadores da base aliada
Dilma aceita oferecer ministério a Lula para evitar prisão na Lava-Jato, mas ex-presidente descarta

Na manhã desta quarta-feira, cinco dias após o episódio, Jorge concedeu entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha. Contou detalhes do depoimento e ressaltou que o caso virou motivo de gozação entre as pessoas próximas a ele. No entanto, se hoje analisa o depoimento com bom humor, a sensação do estofador era de nervosismo na semana anterior à audiência. Jorge ficou sem dormir "alguns dias" antes de o equívoco ser desfeito.

– Tô acompanhando (a Operação Lava-Jato) porque fico preocupado com o meu nome – mencionou o estofador.

Durante a entrevista, o mineiro afirmou que foi intimado por um oficial de justiça quando voltava para casa depois de um dia de trabalho.

– Saí da oficina e tenho o costume de passar no supermercado. Aí encontrei o irmão do oficial de justiça. (...) Pedi como tava a família dele e mandei um abraço. Chegando a casa, ele (o oficial) chegou e disse que tinha uma ordem de intimação para eu participar de uma audiência do Cerveró (Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras). Achei que ele tava brincando – lembrou.

Jorge foi confundido com um executivo ligado ao Banco Schahin, arrolado como testemunha de acusação de Bumlai. E garantiu que recuperou o sono nos últimos dias.

Leia as últimas notícias da Lava-Jato


MAIS SOBRE

Últimas Notícias