Seu Bolso
Conheça os 7 pecados que levam ao endividamento e à inadimplência
Conheça os problemas e saiba como evitá-los
Nem sempre é possível perceber, mas, mesmo sem querer, podemos estar cometendo erros na nossa vida financeira que nos levam a contrair dívidas. E, num momento de crise, esse não é o tipo de problema que precisamos.
O educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), dá dicas para identificar esses erros e evitá-los. Confira!
1. Falta de educação financeira
Sem educação financeira, as pessoas não conhecem sobre a importância do dinheiro e as formas corretas de utilizá-lo, então, ficam a um passo das dívidas. Isso acontece com a maior parte da população, pois nem os pais e nem as escolas ensinam isso para crianças e adolescentes. Depois que crescem, ficam expostos à sociedade de consumo, na qual esse tipo de informação não é interessante. O caminho para sair desta situação é buscar cursos e livros sobre o tema. Também é fundamental a preocupação com as crianças, ensinando de forma lúdica e solicitando a inserção da educação financeira nas escolas.
2. Falta de planejamento
As pessoas não sabem para onde vai o dinheiro que recebem e não têm controle sobre ele. O descontrole financeiro não acontece nos grandes gastos, mas, sim, nos pequenos. Para evitar que isso ocorra, o correto é o preenchimento de uma caderneta diária de todos os gastos,que chamamos de apontamento, e a realização de uma planilha mensal por três meses. Assim, vamos conhecer os verdadeiros números.
3. Marketing e publicidade
A suscetibilidade ao marketing e à publicidade faz com que as pessoas comprem o que não precisam. Isso acontece diariamente por meio de ações expostas na televisão, nas ruas, no trabalho. O caminho para evitar esse problema é não comprar por impulso. O ideal é questionar se realmente precisa daquele produto, qual a função que terá em sua vida etc. Também é interessante deixar a compra para outro dia, quando terá refletido sobre se realmente quer o produto.
4. Crédito fácil
Buscar ferramentas de crédito fácil, como empréstimos, crediários, financiamentos, limite do cheque especial ou pagar o mínimo de cartão de crédito já é uma forma de endividamento. O mercado oferece milhares de produtos de fácil acesso, contudo, os juros cobrados são abusivos e fazem com que a inadimplência se torne alta. Assim, a solução é evitar esses meios. No caso de cartão de crédito, o ideal é ter só um e, em caso de descontrole, até mesmo eliminá-lo. Também é interessante não ter limite de cheque especial e evitar os empréstimos e crediários.
5. Parcelamentos
Ao parcelar as compras, as pessoas não percebem que já estão se endividando. Para piorar, muitas vezes, o consumidor esquece de colocar esses valores no orçamento, o que pode comprometer seriamente as finanças. Um parcelamento, na verdade, é uma forma de crédito, pois você está usando um dinheiro que não tem para comprar um produto. Caso seja fundamental parcelar, deverá constar no seu orçamento mensal para que você, sempre que receber seus salário/rendimentos, vai separar parte do valor para pagar essa dívida. Também é interessante ter uma poupança paralela, para que, em caso de imprevistos, tenha como arcar com esses valores.
6. Falta de sonhos
Não ter objetivo para o dinheiro causa inadimplência. Se a pessoa não determina o objetivo para o dinheiro, gastará de forma irresponsável, levando ao endividamento. Isso ocorre muito pela falta de capacidade das pessoas de sonharem, vivendo apenas o presente. Para sair deste problema, é recomendável fazer um exercício simples, refletir sobre quais são realmente os seus sonhos, o que se quer para o futuro. Tendo isso estabelecido, deve-se cotar os valores e determinar parte de seu dinheiro, quando recebê-lo, para esse fim. Com isso em mente, será muito mais difícil cair nas armadilhas do consumismo e do crédito fácil.
7. Necessidade de status social
Acreditar que consumir é importante para ser aceito socialmente faz com que as pessoas comprem sem ter condições. Isso porque acreditam que possuir alguma coisa é o que fará a diferença para os outros, e não o que ela realmente é. Isso é um valor errado: esse consumo irá apenas suprir a dificuldade de relacionamento interpessoal. A solução para esta questão é ter objetivos claros e perceber que é muito mais importante ter conteúdo do que ter produto.