Zika vírus
OMS recomenda que mulheres grávidas evitem o Brasil durante Olimpíadas
Entidade publicou um guia de prevenção para atletas, turistas e jornalistas estrangeiros que virão ao Rio para Jogos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quinta-feira que as mulheres grávidas não venham para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro, uma vez que o Brasil é o país mais afetado pelo zika vírus.
Em um comunicado, emitido em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a OMS elaborou uma lista de dicas para os atletas e visitantes que vão viajar para o Rio de Janeiro para os jogos, programados de 5 de agosto a 18 de setembro.
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O Brasil é um dos 58 países e territórios afetados pelo zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e que pode causar microcefalia em fetos, uma malformação grave e irreversível caracterizada por um tamanho anormalmente pequeno do crânio.
OMS e OPAS enfatizam que os jogos serão realizados no inverno no Brasil, estação em que a atividade do mosquito é menor e onde o risco de picada é reduzido. Mas ambas as organizações "continuam a aconselhar as mulheres grávidas a não viajar para as regiões de transmissão do zika vírus, incluindo Rio de Janeiro".
"Também é aconselhável aos parceiros sexuais das mulheres grávidas que passaram por áreas afetadas de manter sexo seguro ou abster-se de sexo durante a gravidez", indica o comunicado. De fato, vários casos de transmissão sexual do vírus zika foram registados após um dos parceiros ter visitado uma localidade em risco.
OMS e OPAS também recomendam aos atletas e visitantes que apliquem várias vezes ao dia repelentes e que vistam roupas cobrindo o máximo do corpo. Também aconselham a usar preservativos ou se abster de sexo por pelo menos quatro semanas após visitar uma zona de risco.
Finalmente, ambas as organizações recomendam a não ir a áreas pobres e populosas, onde a falta de água corrente e higiene favorecem o desenvolvimento de mosquitos.
O Brasil é o país mais afetado pelo vírus, com cerca de um milhão e meio de pessoas contaminadas desde 2015.
*AFP