Seu problema é nosso
Veículo roubado em fevereiro em Gravataí ainda aguarda perícia para ser liberado aos donos
A falta de servidores é um dos motivos para o atraso nos exames periciais
No dia 16 de fevereiro deste ano, o carro do aposentado Osmar Oli Lima Nunes, 57 anos, e da esposa, a vendedora ambulante Rosa Aparecida Duarte Nunes, 50 anos, foi roubado em frente à casa do filho, em Gravataí, onde moram. O veículo, um Gol G5 vermelho, foi recuperado pela polícia no mesmo dia. A boa notícia chegou acompanhada de um transtorno que o casal não esperava.
Seguindo o procedimento normal para casos como esse, depois da ocorrência registrada, o carro foi levado para o depósito no Detran no município para ser periciado e, depois, ser liberado para os donos. O problema é que, desde fevereiro, Rosa e Osmar estão sem o Gol.
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Faltam servidores
Segundo o aposentado, a justificativa de falta de perito é que mantém o veículo retido no depósito, e a família tem sentido os prejuízos da demora.
– As autoridades foram muito ágeis em recuperar o carro que estava com os criminosos, mas, para nos devolver, está sendo um pesadelo. Precisamos do carro para nossas atividades e estamos impossibilitados por causa de um problema que não é nosso – queixa-se Rosa.
Contato
Toda a semana, Osmar liga para o Detran e para a Polícia Civil na esperança de obter uma resposta positiva sobre a situação. Ele só quer o carro de volta.
Em inúmeras ocasiões, foi pessoalmente ao depósito, e a resposta é sempre a mesma: não tem perito suficiente para dar conta de tanta demanda no Estado.
Transtornos
Indignada com o impasse, a vendedora ambulante conta que tem perdido vendas por não ter os ingredientes para preparar os lanches em casa. O carro é o único meio de transporte do casal.
– Quanto tempo mais nós teremos que esperar? Eu não posso ir ao supermercado com a frequência que preciso e isso está prejudicando meu trabalho. Não sabemos mais a quem recorrer e o prejuízo é grande – explica Rosa.
O Detran faz a guarda do veículo no depósito, que só pode liberar com autorização da Polícia Civil, mas isso depende da perícia do Instituto Geral de Perícias, que enfrenta falta de servidores.
Exame está marcado para quarta-feira
Mais de duas semanas depois do primeiro contato e só depois de informar o número do pedido de perícia, o IGP respondeu: “Por determinação do diretor-geral do Instituto Geral de Perícias, Cleber Müller, o diretor do Departamento de Criminalística, Paulo Frank, examinou o andamento das perícias mecânicas agendadas. Há 31 processos em aberto na Divisão de Engenharia Forense. E, dentre esses, o do veículo de Osmar. A informação é de que a realização do exame pericial está previsto para o dia 25, quarta-feira.