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Sete dicas para enfrentar o frio rigoroso 

Especialistas dão dicas para enfrentar o frio rigoroso. Nos bairros mais frios de Porto Alegre, fogão é o companheiro

10/06/2016 - 10h07min

Atualizada em: 10/06/2016 - 10h09min


Jeniffer Gularte
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Moradores do Lami, no Extremo-Sul de Porto Alegre, Cleto e Cenira curtem o fogão à lenha

Ninguém duvida que o frio dos últimos dias está desafiando até os que gostam do inverno. Para quem mora nas regiões mais geladas de Porto Alegre, vencer a friaca é ainda mais difícil. As médias históricas do Sistema MetroClima da Prefeitura mostram que os bairros Lami, no Extremo-Sul, e Lomba do Pinheiro, na Zona Leste, são os mais gelados da Capital.

É por isso que o fogão à lenha não para nunca na casa do comerciário aposentado Cleto Cabalheiro, 67 anos, no Lami. A esposa, Cenira, 62 anos, usa cobertores para evitar que o frio entre nas frestas de portas e janelas e coloca pelegos de lã nas cadeiras que usam para ficar em frente ao fogão. Sopão, feijoada e muito chimarrão ajudam o casal a enfrentar a friaca.

– Não sei se é que eu estou ficando velho, ou se é a intensidade do frio, mas este ano estou mais frágil para as baixas temperaturas, o corpo sente mais – admite Cleto.

– Aqui é muito frio, mas, quando a gente está na volta do fogão a lenha, quase não sente – diz Cenira.

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Ontem, a mínima registrada em Porto Alegre foi de 1,4°C na Lomba do Pinheiro, Zona Leste, marca que já bateu a mínima de 2015, que foi de 2,5°C também na Lomba. O termômetro do Lami estava fora de operação ontem.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que contabiliza as médias históricas, registrou 3,8°C no termômetro localizado no Bairro Jardim Botânico, menor mínima para o mês desde 2012, quando foi registrado 0,9°C. No Rio Grande do Sul, a mínima foi de -4°C em Serafina Corrêa, no Nordeste do Estado.

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Para se aquecer e esquentar a casa, a aposentada Estela Krause, 80 anos, também moradora do Lami, fica em volta no fogão. Ontem, ela começou a preparar um mocotó que vai finalizar apenas hoje. Ferveu o mondongo, patas de gado e o feijão com linguicinha. Hoje, vai adicionar ovo cozinho e temperinho verde picado:

– É um prato que precisa ter paciência, mas o preparo esquenta toda a casa. Aqui é muito frio e na minha casa não pega sol o dia todo.

Estela, também moradora do Lami, está prepara um mocotó


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