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Governo enviará ao Congresso proposta de reforma trabalhista até o final deste ano

Ministro do Trabalho diz que regras propostas pelo governo vão "valorizar a negociação coletiva" mas impedir o parcelamento de férias ou 13º

20/07/2016 - 14h20min

Atualizada em: 20/07/2016 - 14h21min


Agência Brasil
Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, disse nesta quarta-feira que o governo do presidente interino Michel Temer vai encaminhar ao Congresso Nacional até o fim deste ano uma proposta de reforma trabalhista e outra para regulamentar a terceirização.

Durante café da manhã com jornalistas, ele lembrou que a legislação trabalhista brasileira data dos anos 40 e que, de lá para cá, novas atividades econômicas foram incorporadas à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

– Ela virou uma colcha de retalhos que permite interpretações subjetivas – opinou.

Segundo o ministro, a proposta de reforma trabalhista a ser elaborada pelo governo vai valorizar a negociação coletiva e tratar de assuntos como salário e jornada, mas não vai permitir, por exemplo, o parcelamento de férias ou do décimo-terceiro salário.

– A CLT será atualizada com o objetivo de simplificar, para que a interpretação seja a mesma para o trabalhador, o empregador e o juiz", disse. "Direitos não serão revogados – completou.

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Sobre regulamentar a terceirização, Nogueira adiantou que pontos da proposta aprovada na Câmara dos Deputados poderão ser aproveitados, mas não entrou em detalhes. Segundo ele, será criado um grupo de trabalho para definir o que são e quais serviços especializados poderão ser terceirizados:

– Vamos trazer o trabalhador, o empregador e especialistas da área para aprimorar as propostas da terceirização em busca de um consenso. Essa discussão de atividade-fim e atividade-meio é irrelevante neste momento.

Proteção ao Emprego

O Ministério do Trabalho informou ainda que pretende tornar permanente o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) por meio do envio de projeto de lei ao Congresso Nacional.

A ferramenta foi criada para proteger empregos em momentos de redução temporária da atividade econômica e prevê, por exemplo, a redução de até 30% na jornada e no salário por meio de acordo coletivo. O prazo de validade inicialmente previsto para o programa é o fim de 2017.

– É uma política de socorro para garantir emprego. O Brasil está retomando a empregabilidade e a confiança no mercado. As empresas não vão precisar do PPE, mas será um programa que estará à disposição para todos os setores que estiverem em crise – o ministro.

* Agência Brasil


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