VÍDEO
Aos 76 anos, viúva faz primeira tatuagem para homenagear marido
Um par de alianças entrelaçadas simbolizou o amor de Sara e Carlos Alberto Moreira, que foram casados por mais de 50 anos
Não existe idade para mudar de vida, para tomar uma decisão importante, nem mesmo para fazer a primeira tatuagem. Um exemplo disso é Sara Moreira, 76 anos, que resolveu eternizar no braço esquerdo o amor pelo marido Carlos Alberto Moreira, que morreu em julho de 2015.
O desenho escolhido pela aposentada foi duas alianças entrelaçadas, com o primeiro nome de cada um embaixo. Sara mora em Santos (SP), mas conheceu o amor de sua vida 60 anos atrás, em São Paulo, onde frequentavam a mesma igreja. Questionada se está satisfeita com a tatuagem, dona Sara não hesitou para responder ao Diário Gaúcho:
– Me arrependo de não ter feito essa tatuagem com ele vivo. Mas é uma coisa que vou levar pra vida toda, senti essa necessidade de homenageá-lo.
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A aposentada conta que não gostava de tatuagens. Achava "ridículo" quando o neto, o músico Caio Del Lucchesi, aparecia com um novo "rabisco" no corpo. Também imaginava que aquilo doeria, drama que foi superado logo depois de fazer o desenho, em março deste ano.
– Não doeu nada. Hoje eu sei que todo mundo deve fazer o que gosta. Com as tatuagens é a mesma coisa – ressaltou.
O neto foi o grande incentivador da homenagem. Caio lembra que sua conduta foi o que fez a avó superar o preconceito que tinha contra tatuagens e tomar a decisão de eternizar a lembrança do marido.
– Ela percebeu que o que somos por fora não importa. O que vale é o que as pessoas são por dentro – afirmou.
O vídeo que mostra Sara fazendo a tatuagem, publicado na página da Cavallaro Tattoo Studio no Facebook, teve mais de 1,3 milhão de visualizações, 30 mil curtidas e 15 mil compartilhamentos. A aposentada afirma que não esperava tal sucesso. Mas garante ter ficado feliz, até porque parentes de vários lugares entraram em contato para dizer que gostaram da homenagem.
O tatuador Christiano Cavallaro, que aplicou o desenho no braço de Sara, disse que ela foi a cliente com a idade mais avançada que ele já atendeu. Mas destacou o aumento da procura por tatuagens entre pessoas da terceira idade. Segundo suas próprias palavras, contar essa história de amor por meio da tattoo foi "emocionante" e "recompensador":
– Foi interessante o momento que ela viu o desenho, porque havia separado algumas fontes para ela escolher, e uma delas era idêntica à letra do marido da dona Sara. Nos emocionou muito.