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Saúde Pública

Como agendar consulta médica por telefone em cidades da Região Metropolitana

Iniciativa pode acabar com as filas e facilitar a vida dos moradores. De onze cidades consultadas, cinco oferecem o serviço

16/09/2016 - 14h53min

Atualizada em: 16/09/2016 - 18h06min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho

Madrugar e encarar fila em frente aos postos de saúde para agendar horário com o médico é um esforço que boa parte dos brasileiros se acostumou a fazer. Algumas cidades, porém, começaram a adotar o teleagendamento de consultas para facilitar a vida dos moradores que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde).

De onze cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre consultadas pelo Diário Gaúcho, cinco oferecem o serviço. Na maioria delas, as consultas são com clínico geral ou médico de família, que fazem a primeira avaliação e destinam o paciente a um especialista se for necessário.

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Em Porto Alegre e Novo Hamburgo, só idosos e pessoas com deficiência têm acesso a essa facilidade. Em Alvorada, Cachoeirinha, Esteio, Guaíba, São Leopoldo e Sapucaia do Sul, os moradores ainda precisam marcar presença nos postos de saúde para conseguir consulta.

Coordenador do Telessaúde, projeto criado pelo Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFRGS para dar orientações por telefone a profissionais da saúde básica, o médico de família Erno Harzheim vê com bons olhos o serviço de teleagendamento de consultas.

Mas, na visão do especialista, tirar as pessoas das filas e deixá-las aguardando na ligação, lutando por um atendimento médico em uma agenda com poucos horários, é uma troca que apenas irá transferir o problema da rua para a linha telefônica.

– A regra é que o teleagendamento não pode ser um substituto (ao agendamento presencial) que restringe o acesso ao médico. Tem que ser uma inovação que facilite o acesso ao médico – considera.

Segundo Erno, as prefeituras que optarem por adotar o mecanismo devem tomar cuidado com os seguintes fatores: garantir que a oferta de consultas agendadas por telefone seja suficiente para a população; que uma parte dessas vagas seja reservada a quem não pode dar um telefonema para agendar consulta; que o serviço de teleagendamento funcione em um período de horas alargado; que a pessoa não irá aguardar tempo demais no telefone; e permitir que o sistema de teleagendamento também sirva para lembrar o paciente do horário marcado, evitando esquecimentos.

– Se esses fatores forem considerados, o teleagendamento vira um avanço, uma coisa que todos os grandes municípios deveriam adotar – avalia o médico.

Confira, abaixo, como funciona o teleagendamento nas cidades que oferecem o serviço.

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