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Mercado de trabalho

Desempregado? Saiba o que esperar das vagas temporárias no fim do ano

Faltando pouco mais de dois meses para a data máxima do comércio, a expectativa não é boa

18/10/2016 - 08h06min

Atualizada em: 18/10/2016 - 20h57min


Retração da economia é um dos motivos

Com o desemprego batendo recordes, a esperança de conseguir uma oportunidade de trabalho temporária no fim do ano seria a luz no fim do túnel para os 11,8% de brasileiros que estão sem emprego, percentual de agosto do IBGE e maior taxa da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), que teve início no primeiro trimestre de 2012.

Mas a notícia que chega quando faltam pouco mais de dois meses para o Natal não é boa para o grupo de 12 milhões de desocupados no país: devem ser criadas apenas 27 mil vagas temporárias no fim deste ano levando em consideração os setores do varejo e de serviços. O dado é de levantamento feito nas 27 capitais e no interior do país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Oito em cada dez empresários (84,6%) disseram que não pretendem recrutar novos funcionários, incluindo os temporários.

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A Federação Nacional das Empresas de Terceirização e de Trabalho Temporário (Fenaserhtt) informa um número maior porque considera também o setor industrial, e não apenas serviços e comércio.

Conforme a pesquisa da entidade, 101 mil empregados temporários devem ser contratados, mas, se confirmado, este será o pior dado já registrado desde 2006 e 3% inferior às contratações do ano passado. A retração da economia brasileira aparece como um dos principais motivos para esta pisada no freio dos empresários.

Pertinho

Gestor da agência de emprego Manpower, na Capital, Guilherme Lopes destaca que neste ano, assim como em 2015, as contratações serão confirmadas mais perto do Natal, e não em outubro, como costumava acontecer anos atrás:– Esta é a tendência de grande parte dos nossos clientes do varejo: deixar para contratar mais perto da data. As maiores empresas estão, no momento, planejando as contratações, e não fazendo. Entre os temporários, 5 mil devem ser efetivados, conforme a pesquisa da Fenaserhtt.

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Presidente da entidade, Vander Morales destaca que novembro deverá concentrar a maior incidência de contratações, principalmente, nos segmentos de eletrônicos, vestuário e acessórios.

A reportagem do DG tem feito contato com agências de emprego de Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana que costumam chamar trabalhadores para vagas temporárias, mas não há seleções abertas.



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