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Seu Problema é nosso

Gabriella precisa de cirurgia no fêmur para voltar a frequentar a escola

Menina de 12 anos tem dificuldades para caminhar e precisou abandonar a escola e as aulas de balé e violino em função da doença

25/10/2016 - 08h02min

Atualizada em: 25/10/2016 - 08h03min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Gabriella está ansiosa para conseguir retomar a rotina

Em abril deste ano, Gabriella Silva Oliveira, 12 anos, moradora do Bairro Moradas da Hípica, em Porto Alegre, precisou deixar de lado as sapatilhas de bailarina para dar espaço às muletas. Diagnosticada com epifisiólise de fêmur bilateral, doença na qual o fêmur se cola ao osso da bacia e causa dores nos membros inferiores, ela passou a se locomover com dificuldades e precisou abandonar as aulas de balé e violino, além de ter a rotina totalmente modificada em função da doença.

– No meio do ano passado, a Gabriela começou a se queixar de dores nas pernas. A gente achava que era dor do crescimento ou até desculpa para ela não fazer suas atividades. Ela tinha uma vida normal e, de uma hora para outra, tudo mudou – conta o padrasto, Júlio Duarte, 44 anos.

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Entre consultas, exames e troca de médico, foram cerca de seis meses até que a família descobrisse o que realmente estava acontecendo com a menina. Na época, a mãe, Helen Duarte, 39 anos, estava esperando o caçula, Luiz Henrique, hoje com dez meses. Por causa da gestação de alto risco, a educadora social não conseguia acompanhar a filha nas consultas médicas, o que ajudou na demora para receber o diagnóstico de Gabriela.

Agora, a única solução para acabar com as dores que acompanham a menina é realizar uma intervenção cirúrgica. Isso porque o osso colou na bacia, e a menina parou de crescer – a fisioterapia já não resolveria mais.

O padrasto Júlio (E) e a mãe Helen (D) já não conseguem mais ver a menina reclamar das dores

Em setembro, os pais encaminharam a cirurgia via Sus no posto de saúde Moradas da Hípica, mas a notícia não foi animadora: 400 pessoas na frente de Gabriela também esperam pelo procedimento. A expectativa é de que, mesmo com caráter de urgência, a menina só consiga ser atendida daqui a três anos.

– O médico nos falou que, se demorar muito, a cabeça do fêmur pode necrosar. Se isso acontecer, nem cirurgia resolve: só com prótese. Estamos uma pilha de nervos, pois ela se queixa de dores mesmo com os remédios. Já divulgamos o caso nas redes sociais, pois queremos agilizar o processo da maneira legal – explica Júlio.

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Na espera pela cirurgia, Gabriella já não sai de casa. Mesmo assim, não deixa de estudar. Em casa, recebe a matéria enviada pelos colegas ao padrastro.

– O psicológico dela já está afetado, pois ela parou de sair, não tem amigas. Ela tem dores que, segundo os médicos, são difíceis até mesmo para um adulto aguentar – destaca Júlio.

O valor estimado em R$ 25 mil para a realização do procedimento em rede particular é inviável para a família, que tem ainda altos custos com as medicações que Gabriella utiliza para minimizar as dores.

Como ajudar:

/// Quem quiser ajudar a família de Gabriella com as medicações pode entrar em contato pelos telefones: 8439-6018 (Júlio) ou 8510-0322 (Helen).

Caso de Gabriella é prioridade

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre informou que Gabriella aguarda com alta prioridade por consulta com especialista em ortopedia pediátrica, solicitada no dia 2 de setembro no posto de saúde Moradas da Hípica. De acordo com o órgão, a menina faz parte de uma fila de espera de 85 pacientes, mas isso "não significa que ela esteja no final da fila, pois o caso é considerado prioridade alta".

Conforme explicação da SMS, a priorização do atendimento a consultas especializadas para os usuários do Sus é realizada pelo Sistema de Gerenciamento de Consultas da prefeitura, implantado em julho deste ano. Por meio dele, as situações mais graves e urgentes podem ser priorizadas.

Produção: Carolina Lewis

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