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Mãe luta para incluir filho com síndrome de Down em publicidade, e atitude viraliza na internet

Apelo feito na página Kids with Down Syndrome (Crianças com Síndrome de Down) já superou 120 mil compartilhamentos

24/10/2016 - 19h18min

Atualizada em: 24/10/2016 - 19h55min


Meagan Richter Nash ficou estarrecida ao tentar tornar o filho mais novo, Asher Nash, de um ano e três meses, um modelo fotográfico. Ela enviou fotos do bebê, que tem síndrome de Down, para uma agência no município de Atlanta, estado da Geórgia, nos Estados Unidos, que faz seleções para propagandas de empresas. Só que nunca teve retorno.

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Depois de meses sem resposta, ela decidiu contatar a agência para descobrir o que havia acontecido. Ao portal InsideEdition.com, a mãe disse que, quando finalmente teve uma resposta, não acreditou no que lia.

– Eles responderam de volta dizendo que a agência não havia especificado que queria crianças com necessidades especiais (...). Eu imediatamente retornei a eles, com uma resposta bem ponderada, dizendo que meu filho tinha todo o direito de ser considerado – declarou.

A agência voltou atrás e acabou enviando as fotos do menino para a empresa.

Orgulho Down

Meagan ficou pensando na quantidade de outras agências que haviam recusado, já de início, crianças com necessidades especiais, e decidiu compartilhar sua história com a página Changing the face of beauty (que pode ser traduzido como Mudando o rosto da beleza).

"Este lindo garoto está pronto para mostrar ao mundo o que significa #mudarorostodabeleza", diz o texto.

O post feito na Changing the face of beauty também foi publicado na página Kids With Down Syndrome (Crianças com síndrome de Down). Já teve 100 mil reações e superou os 120 mil compartilhamentos.

Ao site The Huffington Post, ela disse que ainda há muito para mudar no mundo da publicidade.

– As pessoas precisam entender que bebês, crianças e adultos com deficiências precisam estar em campanhas tanto quanto pessoas comuns precisas – disse.

Contraponto

Conforme a própria Meagan, a agência se desculpou pelo ocorrido e disse que iria apresentar Asher como um potencial modelo para o futuro, mesmo que não estivesse procurando especificamente por alguém com necessidades especiais.

Já a empresa para a qual era feita a seleção disse, em artigo publicado em jornal, que apreciava "a representatividade e a diversidade em suas campanhas".

"Concordamos haver uma oportunidade para melhor representação de crianças com necessidades especiais em nossas campanhas. Estamos ansiosos para nos reunirmos com Asher e sua família, bem como para tomar medidas a fim de melhorar a representação de diversas crianças em nosso marketing", concluiu um porta-voz.

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