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Em Canoas

Boato ou verdade: mensagem de WhatsApp diz que hospital da Ulbra oferece leite Nan de graça

Segundo funcionário do hospital, cerca de dez pessoas por dia ligam pedindo informações

22/11/2016 - 21h52min

Atualizada em: 01/08/2017 - 20h40min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho

Uma mensagem que circula pelo WhatsApp avisa sobre uma suposta boa ação. Diz que o Núcleo de Alergia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, tem latas de leite Nan, da marca Soy, que vencem em dezembro, para doação. O objetivo é evitar desperdício e proporcionar a fórmula, que substitui o leite materno, a quem precisa. Só tem um problema: é mentira, reconhecida pela prefeitura de Canoas.

Ao Diário Gaúcho, a secretária de comunicação da prefeitura, Lurdes Nascimento, explicou.

– Não é verdade. Essa história rodou pela primeira vez em 2015. No início deste ano, ela voltou. Esta é a terceira vez que ela chega.

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Por volta das 13h desta terça-feira, a prefeitura de Canoas publicou em sua página no Facebook um alerta sobre a mensagem.

"Núcleo não existe"

Lurdes aponta que o Hospital Universitário da Ulbra sequer tem um Núcleo de Alergia.

– A maternidade funciona no HU. Temos um programa que atende a todas as gestantes pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que é o "Nascer Canoas". Quando há a necessidade de a criança ganhar o leite especial, ela sai superbem abastecida, ganha várias latas. Mas, não existe um núcleo onde as pessoas busquem o produto no hospital – detalha.

Conforme a secretária, qualquer quantidade do Nan que sobre na maternidade do HU é encaminhada às cinco farmácias distritais de Canoas. Porém, é incomum que isso aconteça, aponta.

Busca diária

O funcionário Rodemir Fonseca Schifelbein, que trabalha na Central de Operações do hospital, reconheceu a mensagem. Ele afirma que, no seu período de trabalho, entre as 17h e as 6h, recebe, todos os dias, cerca de dez ligações pedindo informações.

– Não procede. Já faz um bom tempo que a gente vem falando. As pessoas ligam, querem retirar.

O Diário Gaúcho procurou o contato informado na mensagem, mas, até a publicação desta reportagem, não teve retorno.

*Produção: Juliano Zarembski

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