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Cliente processa Zara após encontrar rato costurado na bainha do vestido 

Animal estava morto e exalando cheiro. Empresa diz estar ciente da ação

16/11/2016 - 12h15min

Atualizada em: 16/11/2016 - 12h19min


Depois de ter a reputação manchada por contratar trabalho escravo, a rede de lojas Zara, uma das maiores marcas de roupa do mundo, acaba de se envolver em mais um escândalo. Na segunda-feira, dia 14, veio à tona o caso de uma cliente que encontrou um rato morto costurado na bainha de um vestido comprado em uma loja nos Estados Unidos.

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De acordo com o site TMZ, Cailey Fiesel, 24 anos, comprou a peça em julho em uma loja de Greenwich, em Connecticut. Ao usá-lo semanas mais tarde para ir ao trabalho, sentiu uma "corda" roçando na perna. Era a pata do rato morto. Cailey teria desenvolvido uma erupção na pele diagnosticada como doença de roedor. Ainda segundo o TMZ, a jovem está processando a Zara por danos não especificados.

Um porta-voz da loja enviou um comunicado ao TMZ alegando estar ciente do processo movido contra a empresa. "A Zara USA está ciente do processo e estamos investigando o assunto ainda mais. Zara USA tem padrões de saúde e segurança rigorosos e estamos comprometidos em garantir que todos os nossos produtos cumpram com esses requisitos rigorosos", dizia a nota.

O site de notícias Daily Mail teve acesso à ação movida por Cailey e que se encontra na Suprema Corte de Manhattan. O documento diz que Cailey sentiu um cheiro forte enquanto trabalhava usando o vestido comprado na loja. Ao levantar-se da escrivaninha e andar pelo escritório, o odor a acompanhou. Ela descobriu o rato quando notou algo roçando na pele. Ao passar a mão pelo vestido, tocou numa "saliência incomum". A ação diz que a peça da Zara causou danos pessoais e emocionais à cliente.

Em 2014, a Zara Brasil entrou para a lista suja do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de empresas que contratam trabalho escravo. Uma fiscalização em uma oficina de costura na cidade de Americana, em São Paulo, feita em 2011, descobriu imigrantes bolivianos e peruanos trabalhando em condições degradantes. Eles costuravam roupas com a etiqueta da Zara.

Em 2015, o Ministério do Trabalho de São Paulo autuou a empresa por descumprir um acordo que previa a melhoria das condições de trabalho tanto de fornecedores quanto de terceiros.

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