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De Bem com a Vida

Secretaria da Saúde da Capital oferece testes rápidos de HIV para marcar o Dia Mundial da Luta Contra a Aids

O Rio Grande do Sul tem a segunda maior taxa de infecção pelo vírus no Brasil

01/12/2016 - 08h56min

Atualizada em: 01/12/2016 - 13h13min


O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado hoje, 1º de dezembro, marca o combate a uma doença que acomete 36,7 milhões de pessoas no Brasil, segundo o mais recente Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS do Ministério da Saúde 2015. A data, instituída em 1987 pela Assembleia Mundial de Saúde com o apoio da Organização das Nações Unidas e adotada no Brasil em 1988, tem o papel de alertar a sociedade sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce da doença e também da adesão ao tratamento.

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No Rio Grande do Sul, o alerta é ainda maior, já que o Estado possui a segunda maior taxa de infecção pelo vírus no país (38,3 casos para cada 100 mil habitantes). Além disso, Porto Alegre lidera o ranking das capitais em contaminação (são 94,2 casos para cada 100 mil habitantes).

Pesquisas desenvolvidas pela coordenação de DST-Aids da Secretaria Estadual de Saúde (SES), ainda em fase de projeto, buscam entender o comportamento da população gaúcha frente à doença para descobrir as causas da alta incidência do vírus na região.

No entanto, dados levantados pela SES indicam que a doença atua de forma bem distinta no estado, conforme explica a enfermeira e chefe do setor de DST-Aids da SES, Aline Sortica:

– Enquanto no restante do país a epidemia está concentrada apenas na população-chave, no Rio Grande do Sul ela se manifesta muito fortemente também na população em geral.

Prevenção

Embora não façam parte do grupo que está mais suscetível à contaminação – gays e homens que transam com outros homens, além de travestis, transexuais e profissionais do sexo – as gestantes gaúchas lideram o índice de contaminação no país (8,8 casos para cada criança nascida viva).

Além do incentivo à prevenção da doença, com distribuição de preservativos, a SES realiza ações de conscientização sobre a importância do tratamento com medicamentos que podem barrar a disseminação do vírus no organismo. Se utilizada em até 72 horas após a exposição ao HIV, as chances são muita altas que a doença não se desenvolva.

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Tratamento

Há 24 tipos de medicações disponíveis para o tratamento da Aids. A escolha dos remédios depende do estágio da doença e da adaptação do organismo a eles, que podem causar dores de cabeça, sono excessivo e diarreia, em geral, nas duas primeiras semanas.

Embora os avanços da medicina tenham possibilitado aos soropositivos viverem normalmente, Simone Ávila, gerente de políticas públicas do cuidado em saúde para doenças transmissíveis da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, adverte que "prevenir é melhor do que remediar":

– Principalmente os jovens banalizam um pouco a doença.

Para se superar

Portador do vírus há 27 anos, o paulista Beto Volpe, 55 anos, acompanhou a evolução do tratamento no Brasil e hoje faz uso de oito comprimidos diários para Aids e mais sete para colesterol, diabetes, pressão alta e osteoporose. Por isso, alerta para a importância de aderir ao tratamento:

– A cada dia que a pessoa deixa de tomar o remédio, cerca de oito milhões de novos vírus se reproduzem no organismo.

Beto passou por três AVCs seguidos e 23 cirurgias, mas nunca se deixou abalar pelas dificuldades. Além do apoio da família, ele confessa que o bom humor é peça chave para garantir o bem estar:

– Sua vida nunca vai ser como era antes de contrair o HIV, mas se ela vai ficar melhor ou pior depende apenas de você. Mantenha o bom humor e observe as oportunidades ao seu redor.

Você já fez o teste?

Desde 2012, as unidades básicas de saúde disponibilizam um teste rápido de HIV que consegue detectar a presença do vírus geralmente 30 dias após a contaminação.

Para marcar o Dia Mundial da Luta Contra a Aids, a Secretaria de Saúde da Capital vai disponibilizar testes rápidos de HIV para jovens de 15 a 29 anos em diversas regiões da cidade. Confira abaixo.

PROGRAMAÇÃO

Dia 3 – Unidade de Saúde Lomba do Pinheiro, das 8h30min às 17h

Dia 4 – Parque Farroupilha (Redenção), das 16h às 20h

Dia 7 – CTG Porteira da Restinga, das 13h às 16h

Dia 11 – Parque Farroupilha (Redenção), das 16h às 20h

Dia 18 – Parque Farroupilha (Redenção), das 16h às 20h

Produção: Carolina Lewis



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