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Coluna da Maga

Magali Moraes escreve sobre os rostos que imagina

16/01/2017 - 10h00min

Atualizada em: 16/01/2017 - 10h01min


Magali Moraes
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Você também imagina rostos pra quem não conhece pessoalmente? Faço isso direto, sem me dar conta. Invento o cabelo, a cor da pele, o formato dos olhos, o tamanho das orelhas, o tipo de nariz e monto uma imagem para aquele nome. Lá dentro da minha cabeça, é como se eu registrasse em cartório, vira lei. Chega a ser engraçado quando eu finalmente conheço a tal pessoa. "Não é ela!!" é quase sempre minha reação. Lógico que o rosto verdadeiro é diferente do que eu imaginei.

Aconteceu de novo esses dias. Fui procurar alguém no Facebook, achei pelo nome e a foto não batia. "Não é ele!!", afirmei com certeza e segui a busca. Depois de trocar e-mails e já termos falado pelo telefone, o rosto que eu criei era verdade absoluta. Que surpresa ao descobrir que era ele, sim senhor! E os leitores que me escrevem? Todos ganham um rosto criado por mim.

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Pernas compridas

Se não é o rosto, é a voz que imaginamos. Olhamos a foto e mentalmente dublamos a pessoa com uma voz escolhida ao acaso. Morena de olhos castanhos? Ganhou um tom aveludado! Tem franja e olhos cor de mel? Decidido: sua voz é aguda e levemente irritante. Loira? Voz grave! Eu queria entender por que isso acontece. Talvez seja uma necessidade do cérebro completar as informações que faltam, e não apenas excesso de imaginação.

A altura também pode bater na trave. Numa das colunas publicadas, contei que tenho 1,58m. Um leitor me escreveu chocado. Ele jurava que eu tinha mais de 1,70m. Dei risada! Esse é dos meus, pensei. Gentilmente acrescentou pernas compridas pra minha foto que aparece aqui. Como nós conversamos seguido, acho que a cada conversa ganho mais 5cm de altura. Bem que eu queria, mas a genética decidiu diferente. Lembrei do jogo infantil Cara a Cara, onde se faz perguntas até adivinhar a cara escolhida pelo adversário. É isso!! O cérebro adora jogar Cara a Cara! A diferença é que ele mesmo pergunta e responde.



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