Liberdade no cárcere
Vídeo mostra festa regada a música e drogas em presídio feminino do Recife
Secretaria de Segurança e Direitos Humanos de Pernambuco confirmou a autenticidade das imagens e informou que detentas foram punidas
Um vídeo gravado com celular mostra detentas fazendo uma festa dentro da Colônia Penal Feminina do Recife, em Pernambuco. Nas imagens, as mulheres aparecem dançando, conversando no celular e até ingerindo drogas.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco confirmou a autenticidade do vídeo logo após as imagens circularem pelo WhatsApp. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE), a festa das presas foi no dia 31 de dezembro, em comemoração à virada do ano.
Leia mais:
Jovens são presos após torturarem deficiente mental e transmitirem agressões ao vivo por rede social
Detento que fugiu do presídio de Manaus posta foto em rede social
VÍDEO: sem vagas no Central, presos dividem celas do Deic com detentos doentes
Em menos de dois minutos, é possível ver as detentas divertindo-se nos corredores do presídio e dentro das celas, ingerindo uma substância parecida com a cocaína e exibindo cigarros que se assemelham à maconha, tudo isso enquanto seguram copos de plástico e ouvem música.
Em certo momento, uma delas chama a festa de "Bonde do Prato", uma possível referência ao utensílio doméstico onde a cocaína era servida. Logo em seguida, uma colega aspira a droga e passa o prato de vidro para outra.
Em entrevista ao G1, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, disse que a festa não foi de reveillon, mas de aniversário de uma das detentas, e que as envolvidas já foram punidas. Um inquérito administrativo também foi aberto para apurar as circunstâncias da festa.
– Isso é afrontoso. Nove presas foram identificadas por consumo de drogas, estão em celas de disciplina e vão responder a inquérito administrativo – informou.
Ainda de acordo com o G1, a Colônia Penal Feminina do Recife enfrenta problemas de superlotação. Cerca de 700 mulheres vivem na instituição, que tem capacidade para 200 detentas.