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Após post reclamando de solidão, açougueiro ganha churrasco de desconhecidos em Gravataí

Gilmar teve deslocamento e churrasco pagos por desconhecidos na noite desta quinta-feira

05/05/2017 - 17h35min

Atualizada em: 09/05/2017 - 15h11min


Gilmar (de branco e com os espetos) participou de churrasco em Gravataí

Depois de publicar uma selfie sozinho em frente a uma churrasqueira e reclamar da falta de companhia, o jogo finalmente virou para Gilmar Longaray Paculski, 35 anos. Na noite desta quinta-feira (4), um grupo de amigos, que não conhecia o açougueiro, viu a reportagem publicada pelo Diário Gaúcho e decidiu convidá-lo para um churrasco em Gravataí.

– Bá, fazia tempo que não me divertia assim! Se mais gente me convidar, tô indo! É só programar – contou Gilmar ao DG.

A ideia surgiu dentro de um grupo que se reúne todas as quintas-feiras para jogar futebol. Um dos integrantes é o consultor de vendas Rafael Burgo, 26 anos, morador de Cachoeirinha.

– A gente só fez o churrasco por causa dele. Ele que assou, e ficou bom! O cara é gente boa, valeu pela história – comemora Rafael.

O primeiro passo dos amigos foi adicionar o açougueiro no WhatsApp e fazer a proposta. Depois, o incluíram no grupo do futebol – no qual ainda permanece. Durante o papo, descobriram que Gilmar estava sem dinheiro e com o carro estragado e se dispuseram a custear o deslocamento do novo amigo. Segundo Rafael, tudo saiu por R$ 120, valor que será dividido entre oito pessoas.

De Novo Hamburgo, Gilmar viajou de trem até Porto Alegre. Na Capital, foi de Uber até Cachoeirinha, onde parte dos amigos mora. De lá, finalmente, encontrou alguns deles e embarcou rumo a Gravataí, onde o churrasco aconteceu. A volta do açougueiro até sua casa também foi bancada pelos amigos.

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O militar Diogo Armani, 25 anos, também participou do churrasco. Ele, que mora em Cachoeirinha, conta que Gilmar não demorou para ficar à vontade.

– Ele estava feliz da vida. Em 20 minutos, já tinha se enturmado. Pelo que eu pude perceber, ele é um cara sem maldade, que não tem muitos parceiros. Deu meia hora, demos uma cerveja pra ele, e ele já ficou faceiro – lembra Diogo.

Segundo Gilmar, convites para churrasco também surgiram, mas de cidades mais distantes, como Butiá, Charqueadas e Caxias do Sul, aos quais ele lamenta não poder ir. Mas, para os mais próximos, o recado é claro:

– Quem quiser me convidar, é só chamar, que estou indo – avisa.

* Produção: Juliano Zarembski

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