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Seu problema é nosso

Com promessa de atender 171 crianças, escola infantil recebe apenas 50 e deixa mãe desempregada

Instituição abriu somente dia 17 de abril e está atendendo de forma parcial

15/05/2017 - 08h27min

Atualizada em: 15/05/2017 - 08h28min


A abertura parcial da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santo Expedito, localizada no Parque Santa Fé, Zona Norte de Porto Alegre, segue frustrando as expectativas da recepcionista desempregada Marjori Audrey, 24 anos. Ela é uma das mães que aguardam pela abertura total da creche para ter onde deixar os filhos enquanto trabalha.

Apenas 50 das 75 vagas foram ofertadas à comunidade, e somente para alunos de quatro e cinco anos. Com isso, não contemplaram crianças como a filha de Marjori, a pequena Lívia da Silva Meris, três anos – mesmo que a previsão inicial da escola fosse de beneficiar quem tem entre zero e cinco anos e 11 meses.

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A primeira data de abertura da escolinha, prometida durante a sua inauguração, no final de 2016, era 6 de março, início do ano letivo na rede municipal. Isso não ocorreu e, após o Diário Gaúcho ter publicado a primeira reclamação de Marjori, em 13 de abril, a prefeitura fez nova promessa: as aulas começariam em 17 de abril. Porém, nem todas as faixas etárias entraram na primeira leva. E, segundo a leitora, o funcionamento da escola limita-se ao turno da tarde.

Em março passado, Marjori pediu demissão do emprego, em uma farmácia de manipulação. Foi quando percebeu que a escola não abriria suas portas tão cedo, e ela não teria com quem deixar a pequena Lívia.

A moradora mantém um grupo no WhatsApp com outras mães, que também esperam a abertura de vagas na Emei Santo Expedito. A expectativa desses pais é grande, mas, quando procuram a direção da unidade, não recebem resposta sobre o prazo para a abertura de mais turmas. A motivo justificado pela direção aos pais é de que faltam professores.

Prefeitura não dá previsão

Procurada pela reportagem, a Smed confirmou que a Emei Santo Expedito entrou em funcionamento em 17 de abril com atendimento parcial. Diferentemente do que a secretaria informou ao Diário Gaúcho no mês passado, não serão atendidas crianças de zero a três anos e 11 meses. Por enquanto, somente 50 alunos de quatro a cinco anos estão frequentando os jardins A e B.

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Quando inaugurou a escola, em 2016, a prefeitura afirmou que teria capacidade para receber 171 crianças. Agora, a Smed diz que a capacidade é para receber até 75 alunos. Ainda segundo o órgão, esse preenchimento da totalidade de vagas será feito de forma gradativa e de acordo com a possibilidade de conseguir mais professores no decorrer de 2017. Atualmente, não há nenhuma previsão de que novos docentes cheguem à instituição.

A Smed ainda justificou o atraso no início do ano letivo de 2017 por terem sido identificados problemas técnicos nas instalações de gás e energia do prédio. Isso comprometeria a segurança dos estudantes, professores e monitores. As aulas só começaram depois que os problemas foram resolvidos, conforme a secretaria.



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