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Seu problema é nosso

Para voltar a jogar futebol, jovem de Gravataí precisa encontrar doador de medula

Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, em bom estado de saúde, pode doar

24/05/2017 - 08h19min

Atualizada em: 24/05/2017 - 09h10min


Rafael com a mãe Marinês

Em novembro do ano passado, o estudante do terceiro ano do ensino médio Rafael Oliveira de Oliveira, 17 anos, descobriu ser portador de aplasia medular. A doença provoca uma alteração no funcionamento da medula óssea, e o portador não é capaz de produzir, na quantidade necessária, células que compõem o sangue.

Para reverter o problema, o morador de Gravataí precisa passar por um transplante de medula óssea. No entanto, ainda não há um doador compatível.

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Sem desistir

Mãe de Rafael, a babá Marinês Rodrigues de Oliveira, 43 anos, conta que os outros filhos, Felipe, 14 anos, e Bruno Oliveira de Oliveira, 20 anos, fizeram o teste de compatibilidade a fim de ajudar Rafael. Eles descobriram que Felipe e Bruno são compatíveis entre si e poderiam doar um para o outro – mas não têm compatibilidade com o irmão do meio. Os pais também não podem ser doadores.

Nem os irmãos, nem os pais podem doar para Rafael

Rafael jogava futebol e precisou parar devido à doença. A mãe explica que a falta de plaquetas tem enfraquecido o menino que, apesar de tudo, não desistiu de trabalhar e estudar:

– Ele começou a apresentar manchas no corpo, aí fizemos uma bateria de exames e veio o diagnóstico da aplasia. Ele gostava muito de jogar, mas não tem mais condições físicas. Mesmo assim, segue indo trabalhar e para a escola. O Rafael é um guerreiro.

A mãe tem mobilizado todos que conhece para que se cadastrem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Os vizinhos e os amigos do Facebook já estão se solidarizando com a causa. A pressa em conseguir um doador se justifica: em setembro próximo, Rafael vai completar 18 anos e, se não fizer antes o transplante, terá que entrar de novo na fila.

"Doar é simples"

– Hoje, ele é tratado pela pediatria do Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre. Quando fizer 18 anos, terá que passar pelo posto de saúde e fazer todo o processo de novo – diz Marinês, que segue:

– Eu preciso que meu filho viva. Quero que as pessoas saibam que existem muitas mães precisando do mesmo que eu e que doar é simples e pode ajudar muita gente. Eu não vou desistir do Rafael e espero que as pessoas também não desistam.

Saiba como fazer a doação

- Quem pode: pessoas de 18 a 55 anos, em bom estado de saúde, sem doença infecciosa ou incapacitante. Não pode: quem tem câncer, doenças hematológicas e do sistema imunológico.

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- Basta procurar o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e apresentar documento de identidade. Em Porto Alegre, confira onde doar:

- Hospital Conceição: Avenida Francisco Trein, 596, Bairro Passo D’Areia, com atendimento às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h e das 14h às 16h. Telefone: (51) 3357-2700.

- Hospital de Clínicas: Rua Ramiro Barcelos, 2.350, segundo andar, Bairro Santana, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h. Telefone: (51) 3359-8504.

- Hemocentro do Rio Grande do Sul: Avenida Bento Gonçalves, 3.722, Bairro Partenon, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Telefone: (51) 3336-6755, ramal 102.

Produção: Shállon Teobaldo



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