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TV digital, acesso à banda larga e avanço do streaming transformam cenário para consumidores

As opções de televisão estão mudando. Fique atento às novidades

18/05/2017 - 22h00min

Atualizada em: 29/08/2018 - 13h31min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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Diego Vara / Agencia RBS

A partir de 31 de janeiro de 2018, consumidores brasileiros passarão a contar exclusivamente com o sinal digital de TV (disponível desde 2009). Em 89 municípios gaúchos – das regiões Metropolitana, de Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul –, o sinal analógico será desligado nessa data. Será o marco de uma transformação em andamento: a da maneira como as pessoas assistem a programas de entretenimento, esporte e jornalismo dentro de casa.

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O impacto pode ser sentido, positivamente, no bolso. Clientes que hoje mantêm TV por assinatura por causa da qualidade de imagem ganham um ingrediente a mais para embasar suas decisões. Com uma vantagem: a TV digital é gratuita. Para dar fim a eventuais chuviscos, fantasmas, ruídos e interferências, basta uma antena UHF e uma TV apta a receber sinal digital (com conversor embutido) ou analógica (com conversor externo).

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– Agora, chegamos a uma fase em que está cada vez mais difundido que o sinal analógico da TV será desligado. Imagine ter de graça os canais abertos e com qualidade. Essa demanda por qualidade vem tanto dos consumidores da TV aberta quanto da TV paga. E também é atendida quando o consumidor usa a internet – comenta o diretor de Tecnologia de Rádio e TV do Grupo RBS, Carlos Fini, que participou recentemente da NAB Show, nos Estados Unidos, a maior feira de tecnologia e entretenimento do mundo para TV.

Hoje, serviços de entretenimento pela internet oferecem mensalidades que ficam em torno dos R$ 20, o que leva consumidores a pensar em abandonar a TV a cabo. A resposta, diante do mercado brasileiro de provedores de internet e de TV por assinatura, não é óbvia e vai depender daquilo que cada um considera essencial para seu lazer e sua informação em casa. Há de se levar em conta em uma possível mudança, também, que as operadoras costumam oferecer combos, com TV a cabo, telefone e banda larga, o que torna difícil uma comparação direta entre esse serviço e as opções de streaming. E muita gente valoriza produtos que são ofertados somente pelos canais por assinatura, como seriados originais e a cobertura de uma série de competições esportivas.

Mas há economia para quem decide ficar apenas com a combinação TV digital de graça mais banda larga com streaming (veja as comparações de preços no quadro no fim do texto).

Operadoras apostam em complementaridade

Consumidores já estão se adaptando a essa nova realidade. Segundo levantamento recente, a proporção de internautas brasileiros que declara assinar algum desses serviços de streaming com mensalidade mais do que dobrou entre abril e novembro de 2016, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, que analisa o mercado. Passou de 18,8%, em abril, para 40,1% dos entrevistados, em novembro. O líder entre os citados é o Netflix, assinado por 58,9% dos internautas. Dois concorrentes cavam espaço: Looke, totalmente nacional, e Amazon Prime, que iniciou operação no Brasil em dezembro do ano passado.

Outro reflexo dessa mudança de comportamento foi flagrado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que registrou, nos últimos 12 meses, redução de 337.703 assinantes de TV no Brasil (queda de 1,78%). No período, a agência constatou que a internet de banda larga fixa ganhou novos 1,36 milhão de clientes. A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) afirmou acreditar que as novas formas de consumo são complementares à TV por assinatura. A entidade adverte para os riscos de uma eventual competição desigual, com novas plataformas oferecendo vídeos pela internet sem cumprir as mesmas exigências regulatórias e tributárias que a TV.

Looke, uma das empresas de streaming, tem interpretação semelhante do cenário atual.

– Há canais e segmentos no cabo que não podem ser encontrados nos streamings ou na TV digital. Por isso que não acredito em um futuro sem as opções da TV a cabo – avalia o diretor de negócios e de conteúdo do Looke, Luiz Bannitz.

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