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Criançada em casa nas férias? Cuidado para não extrapolar com os gastos

Para evitar crise no seu bolso, período de férias dos filhos tem de ser bem pensado, a fim de evitar que os gastos saiam do controle.

26/06/2017 - 19h00min

Atualizada em: 26/06/2017 - 19h02min


Erik Farina
Erik Farina
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Vanessa leva o filho Vitor para curtir o shopping, mas coloca um limite nos gastos

Vem aí as férias escolares de inverno, uma ótima oportunidade para os pais passarem mais tempo com os filhos, mas também uma ocasião em que os gastos fogem da normalidade. Viagens, idas ao shopping com parada na lanchonete e outros passeios trazem gastos acima dos rotineiros, que podem escapar do controle se não forem bem programados.

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– A palavra-chave é planejamento. Um calendário com programação para todos os dias é uma dica pra que pais saibam quanto precisarão gastar e avaliarem se caberá no orçamento – afirma o educador financeiro Jó Adriano da Cruz.

Quem planeja as férias com antecedência pode encontrar programas mais em conta que ocorrem na cidade e até pacotes mais baratos para viajar, reforça o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos. Caso a opção seja viajar, é mais vantajoso buscar passagens e hospedagem nos dias de semana, em que os preços dos hotéis caem, mas aí os pais também precisarão de férias no mesmo período.

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Ótima pedida

Um bom planejamento pode passar por uma reunião familiar para planejar, em conjunto, quais serão as prioridades. Aos que ficam em Porto Alegre, as atividades nos shoppings costumam se apresentar como opções mais imediatas, mas é possível complementar com uma gama de atividades culturais, na rua ou em casa. Alguns programas divertidos e baratos são: dia de leitura, piquenique, cineminha em casa, ida a museus, noite do pijama. Incentivar a prática esportiva em parques e praças, além de saudável, ajuda a gastar as energias.

– Atividades ao ar livre são ótimas pedidas. Um acampamento, além de agregar conhecimentos ecológicos, pode gerar novas amizades – destaca Jó Adriano.

Para evitar peso demasiado no orçamento nas férias de julho, a empresária Vanessa Dias de Lima, 29 anos, costuma equilibrar os passeios com o filho Vitor, quatro anos, entre idas ao shopping e diversão na rua. Durante a semana, em razão da segurança e comodidade, vai aos centros comerciais, onde fazem lanche, se divertem com parques de diversão no saguão e vão ao cinema. E aos sábados e domingos, prefere levar o filho a praças e parques da Capital, na companhia do marido Luciano Lisboa.

– Cada dia no shopping não sai por menos de R$ 50, e ainda assim tenho que colocar alguns limites na compra de brinquedos, senão a conta vai lá em cima – explica Vanessa, que na segunda-feira levou Vitor para conhecer um arraial provisório em um shopping da zona sul de Porto Alegre.

O custo da diversão
Ingresso do cinema (inteiro): R$ 19,98
Porção de balas e doces: R$ 7,73
Bombons (caixa): R$ 8,63
Pacote de salgadinho: R$ 2,63
Lanche na rua: R$ 7,57
Almoço em restaurante: R$ 18,70
Ingresso para futebol (inteiro): R$ 52,31
Mensalidade em clube: R$ 81,77

Fonte: valor médio das atrações conforme Índice de Preços ao Consumidor (IPC)-IEPE, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)



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